Onde é gasto? + Marcos Rocha (UB) + Ivo Cassol (PP) + Leo Moraes (Podemos)

13 de novembro de 2021 282

Onde é gasto?

O que uma pessoa honesta e humanista faria se soubesse que o fundo no qual aplica as honradas economias de sua digna família financiassem a destruição do mundo? Fecharia os olhos para os crimes cometidos com seu capital ou iria preferir fundos limpos e saudáveis? Questões morais como estas não passavam pela cabeça de quem se mantinha decente só na aparência e mantinha a família longe das decisões e dos detalhes das operações.

Com o desenvolvimento da família, o empoderamento feminino, a educação superior e a informação em tempo instantâneo, saber em que o capital da família é aplicado foi facilitado pela tecnologia. Atualmente, consumidores expulsam das mesas produtos ligados à destruição ambiental e os fundos vigiam a lisura e qualidade de seus investimentos para além do trivial bom rendimento que se requer das melhores aplicações.

Nos conclaves climáticos, os países poluidores suplicam por recursos, mas quando o investidor quer saber como seu dinheiro será usado recebe de volta uma palavra: soberania. Para quem investe, é um sequestro: serviços ambientais prestados mediante pagamento de resgate. Para quem precisa financiar seu desenvolvimento, uma forma legítima de obrigar os países ricos a pagar pelo descaso no passado que facilitou a acumulação de capital. Pode-se discutir longamente a respeito, mas o tempo urge e a sobrevivência da humanidade está em jogo.

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Vejam a situação

Acompanhe abaixo a situação dos principais candidatos ao governo de Rondônia, depois da adesão do juiz Sérgio Moro ao Podemos e a anunciada filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL no próximo dia 22. A maioria dos candidatos tem controle dos seus respectivos partidos e com maioria nos diretórios estaduais não teriam dificuldades em sacramentar seus nomes nas convenções do ano que vem. A maior briga agora será pelo controle estadual do PL, que ainda está nas mãos do ex-deputado federal Luís Claudio, ligado ao ex-governador Ivo Cassol (PP).

Marcos Rocha (UB)

 O governador Marcos Rocha tem o mando integral do União Brasil, fruto da fusão do PSL, que ele recebeu de Evandro Padovani e do DEM de Marcos Rogério. O comando foi confirmado pelo Diretório Nacional da nova legenda que tem no plano nacional o deputado federal Luciano Bivar e o cacique democrata ACM Neto. Pelo Democratas, integra o União Brasil o senador Marcos Rogerio outro pretendente na disputa ao governo estadual, mas sem mando partidário do União deve procurar outra alternativa, talvez o PL, legenda que vai abrigar a postulação do presidente Jair Bolsonaro a reeleição.

Ivo Cassol (PP)

O ex-governador Ivo Cassol e sua mana, a deputada federal Jaqueline tem o mando do PP em Rondônia e com isto conta com todas as condições de ratificar a candidatura ao CPA Rio Madeira nas convenções partidárias de julho de 2022. Recentemente o PP local foi assediado por um grupo de lideranças bolsonaristas para tomar a legenda goela abaixo, mas o agrupamento sob o comando do deputado federal Coronel Crisóstomo não foi bem-sucedido na empreitada. Estes bolsonaristas são ex-aliados do governador Marcos Rocha, que alegam não ter sido prestigiados. Queriam secretarias importantes para fazer política e foram rechaçados.

Confúcio Moura (MDB)

O ex-governador Confúcio Moura, com mandato de senador atualmente, se quiser ser o candidato do MDB a um terceiro mandato no governo estadual, não terá problemas no seu partido. Ele tem a fidelidade do presidente regional Lucio Mosquini e o controle geral das convenções que vão decidir as candidaturas no meio de 2022. A legenda busca composições para o ano que vem e deverá contar como candidato ao senado o ex-governador Valdir Raupp ou o ex-ministro da Previdência Amir Lando. A formação da chapa também pode ser invertida, com Raupp a Câmara dos Deputados e Lando ao Senado, de acordo com entendimento entre as partes.

Leo Moraes (Podemos)

Caso confirme a disposição em disputar a sucessão do governador Marcos Rocha, o deputado federal Leo Moraes, não terá empecilhos na empreitada. Tem o controle dos votos para as convenções partidárias. Nos bastidores se comenta que ele só será candidato em caso de desistência do ex-governador Ivo Cassol, seu padrinho político. Outro caso de indefinição na capital é do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Só será candidato se o senador Marcos Rogério, seu aliado, desistir da disputa. Chaves não tem o controle do PSDB, mas teria apoio dos irmãos Carvalho para a indicação da candidatura.

Via Direta

 

*** Nos principais partidos ainda existem muitas indefinições para o pleito do ano que vem em Rondônia. Além disto, o PT e as legendas de esquerdas seguem praticante inertes *** Mas desde já se descarta uma frente de esquerda unindo o PT, PC do B, PSOL e PSTU para disputar o governo estadual. A esquerda é muito desunida no estado *** Trocando de saco para mala: alguns secretários estaduais do governo Marcos Rocha se preparam para deixar o CPA para disputar cadeiras da Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados *** Os mesmos movimentos ocorrem nas secretarias da prefeitura de Porto Velho. Pelo menos meia dúzia  serão postulantes a cargos eletivos *** Com isto, tanto o governador Marcos Rocha como o alcaide Hildon Chaves vão ter que escolher novos assessores para o período de desincompatibilização.

Fonte: CARLOS SPERANÇA
POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br