Após ação com 9 feridos, polícia militar bloqueia entorno da PF em Curitiba
Depois de ação da polícia militar do Paraná contra apoiadores de Lula, que deixou nove pessoas feridas, na noite de sábado (7), o entorno do prédio da Superintendência da Polícia Federal no Paraná amanheceu bloqueado neste domingo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está preso neste edifício.
Segundo reportagem do jornal Brasil de Fato, por volta das 22h30 de sábado (7), quando Lula estava chegando ao local, a Polícia Militar deflagrou repressão violenta contra a vigília pacífica que era realizada por apoiadores dele. Em entrevista coletiva após a ação, o tenente-coronel Mário Henrique do Carmo, comandante do 20° batalhão da PM do Paraná, confirmou que as primeiras agressões contra os apoiadores de Lula partiram de agentes da Polícia Federal (PF).
Em seguida, bombas de efeito moral foram lançadas contra o ato, que ocorria desde a manhã e reunia representantes de quatro denominações religiosas diferentes, artistas, famílias, professores e estudantes, alem de militantes dos movimentos sociais que integram as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular.
A reportagem segue: “Informações do Corpo de Bombeiros fornecidas às 23h30 de sábado dão conta de que oito pessoas ficaram feridas e recebem atendimento; quatro delas são crianças. A ofensiva dos policiais só arrefeceu depois que um cordão de mulheres foi formado para impedir que eles seguissem avançando sobre manifestantes”.
“Nós éramos um grupo de professores, estávamos junto com estudantes, nos manifestando pacificamente”, afirmou ao Brasil de Fato a professora Andreia Gimenez, que foi atingida na coxa por uma bala de borracha. “Isso é pra mostrar o golpe que a gente está vivendo. Querem mais exemplo do que isso?”, lamentou.
Outros sites de notícia atualizaram o número de feridos para nove.
A informação de que o ataque da Polícia teria iniciado para barrar uma tentativa de invasão do prédio pelos manifestantes foi desmentida pelo tenente-coronel da PM do Paraná.
*Com informações do Brasil de Fato
Foto: José Bernardes/Brasil de Fato