Traficantes de Jesus: Polícia e MPF miram intolerância religiosa do Rio de Janeiro

Do UOL:
A Polícia Civil e o MPF (Ministério Público Federal) se articulam para interromper ataques reiterados de quadrilhas de traficantes contra terreiros de religiões de matriz africana localizados em comunidades na Baixada Fluminense e em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Na última quinta-feira (13), homens de quatro delegacias deflagraram uma operação para reprimir criminosos que expulsaram um pai de santo em uma favela de Nova Iguaçu, na baixada. O MPF pediu informações a 120 grupos religiosos que atuam nas prisões com autorização da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária).
A ação policial ocorreu na comunidade do Buraco do Boi e contou com a participação da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), Desarme (Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos) e da 58ª DP (Posse, em Nova Iguaçu). Os agentes foram a 22 endereços para levantar informações sobre as ações de intolerância religiosa por parte da quadrilha. Também havia a expectativa de cumprir mandados de prisão contra traficantes, mas ninguém foi preso.
De acordo com fontes ouvidas pelo UOL, a Polícia Civil investiga a denúncia de que os autores dos ataques são traficantes do TCP (Terceiro Comando Puro) convertidos por algumas igrejas evangélicas nas prisões do Rio. Quando esses criminosos deixam o cárcere e voltam para o crime, passam a perseguir sacerdotes e praticantes do candomblé, umbanda e outras religiões de matriz africana. Diante do aumento no número de denúncias, o comando da Polícia Civil teria ordenado uma ação para responder aos ataques.
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