Terceirização da saúde e greve de professores coloca prefeito de Vilhena na mira do TCE e CPI, ‘se for aberta, renuncio’

16 de agosto de 2023 228

O prefeito de Vilhena (distante 700 km de Porto Velho), Delegado Flori (Podemos) eleito como ‘o grande salvador’ vem tendo uma série de problemas para administrar o município que tem pouco mais de 100 mil habitantes por conta de sua total desconexão com a realidade.

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Os problemas começaram em fevereiro deste ano, quando ele decidiu desapropriar as obras do hospital que vem sendo construído pela Associação Cooperar, da Cooperativa de Crédito Credsul, alegando que a unidade de saúde ‘tem fins particulares e tão somente particulares, sem previsão de atendimento pelo Sistema Único de Saúde’.

O decreto publicado no Diário Oficial do dia 20 de fevereiro,  determinava ainda que a unidade deveria ser administrada pela Santa Casa de Misericórdia de Chavantes, entidade paulista contratada pela prefeitura para gerenciar a rede pública do município.

E é exatamente essa entidade que está gerando dores de cabeça. Em junho deste ano, um documento apócrifo passou a circular nos grupos de Whatsapp de Vilhena, mostrando que o prefeito e seus familiares mantém estreitas relações com a Santa Casa de Chavantes, e essa relação virou alvo de questionamentos por parte do Tribunal de Contas do Estado. 

Para complicar ainda mais a situação do prefeito, os professores da rede municipal estão em greve há pouco mais de uma semana, cobrando a aplicabilidade do piso nacional da categoria conforme lei federal de janeiro deste ano. Flori alega não ter recursos para atender a demanda dos educadores. Já os professores afirmam que o fato do Município ter um PCCS para a classe estabelece regras diferenciadas do que ele fez para aplicar o piso. Ele fez o reajuste pelo valor do contracheque dessas categorias, considerando benefícios como salário-base e dando apenas a complementação para chegar ao valor estabelecido pelo governo federal. A classe alega que o ajuste tem de ser feito de forma linear a todos, considerando apenas o salário-base.

Professores querem o pagamento do piso nacional

Na última terça-feira, o vereador Dhonatan Pagani disse que “tentará um último diálogo com o prefeito Flori, ou passará a usar seu direito de fazê-lo a aplicar as leis”. Além disso, Pagani que esteve ao lado de Flori na Campanha, disse; “Eu ajudei a eleger, tenho o direito de ajuda-lo a governar”, argumentou o vereador. 

Já Ronildo Macedo, outro apoiador da greve, garantiu que a possível abertura de uma CPI para que seja feito um pente fino nas contas da pasta da educação propôs em seu discurso “travar as pautas do Executivo, caso esse impasse continue”. Macedo também afirma que, caso a CPI seja instaurada e “tiver que cassar, vamos cassar o mandato dele”, disparou. 

A Câmara deve realmente abrir a CPI para apurar as contas da educação municipal

O prefeito afirmou a correligionários que, em caso de abertura de CPI ele vai renunciar o mandato “nem precisa cassar, eu mesmo saio”.

O presidente da câmara, Samir Ali, argumentou que “o diálogo com Flori tem sido difícil e, caso ele continue a desrespeitar os funcionários públicos no município, é bom que não converse mais comigo mesmo”, disse. 

Na manhã desta quarta-feira deve acontecer uma movimentação na Praça Nossa Senhora Aparecida, promovida pelos professores e pais de alunos.

Fonte: ALAN ALEX
PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .