Rocha é empossado para segundo mandato e precisa entender que o tempo de omitir-se acabou, junto com Bolsonaro

Marcos Rocha tomou posse em segundo mandato no último domingo, 1, e terá pela frente a realidade. O mundo paralelo criado por Jair Bolsonaro e seus seguidores acabou, e a chapa vai esquentar para quem tem problemas de aceitar o mundo real. O primeiro mandato de Rocha foi marcado pela omissão, reclusão, orações e muita conversa fiada.

O orçamento aprovado pela Assembleia, apesar de seu um recorde, é um arremedo. Os números são irreais, basta olhar com um pouco de atenção para perceber que a classe política rondoniense elaborou uma planilha sem conexão com a realidade. Dinheiro de sobra mesmo, só para emendas parlamentares. E é bom o Ministério Público começar a esmiuçar essas emendas, tem coisa muito esquisita, e nem precisa ser técnico orçamentário para enxergar isso.

Lula deve reunir-se com governadores nos próximos dias, e Marcos Rocha, por mais ‘minion’ que seja, precisa se fazer presente. A idéia dessa reunião é levantar as necessidades de cada estado para elaborar um pacote de obras de infraestrutura em cada região. Rondônia vive na idade média quando o assunto é infraestrutura, saneamento e estradas.

Rocha também vai ter que se alinhar com as novas diretrizes ambientais, e políticas de controle de desmatamento e invasões. Muito coisa de seu primeiro mandato ainda está pendente e tanto ele, quanto alguns de seus ex-assessores devem explicações, principalmente na condução da pandemia. A farta distribuição de cloroquina, compra de testes inúteis e outros procedimentos serão investigados, mas dessa vez com seriedade.

Rondônia faz parte da Amazônia Legal, é um Estado importante no cenário do agronegócio e certamente será observado com muita atenção pela equipe do Ministério do Meio Ambiente. O bolsonarismo irresponsável que facilitou invasões, desmatamento recorde e total descaso com meio ambiente e comunidades tradicionais vai ter que pagar a fatura. Rocha precisa entender que ele governa para todos os rondonienses e o Estado não pode ficar à mercê de seus caprichos.

O tempo de deslumbramento acabou. Rocha venceu uma eleição apertada contra Marcos Rogério não por ter feito um ‘trabalho brilhante’, mas porque mesmo os progressistas entenderam que ele era menos pior que Marcos Rogério. Não foram os bolsonaristas que reelegeram Rocha, foram os rondonienses.

Se no primeiro mandato ele brincou de governar, desprezou a imprensa e ficou trocando figurinhas com apoiadores no Facebook, neste segundo mandato ele precisa ser, de fato, um governador. E é bom levar a sério as investigações sobre o atentado promovido por um minion desequilibrado na sede do Rondoniaovivo, sob pena do caso ser federalizado e ele responsabilizado por omissão.

Mais de 60 milhões eleitores escolheram um governo de todos, e não de uma parcela. O mesmo vale para Rondônia. Mandato não é garantia paga governador ficar fora da cadeia. O Rio de Janeiro que diga…

Veja a lista de secretários para o governo a partir de 2023

Nome OcupaçãoValdemir Carlos de Goes Chefe da Casa Militar

José Gonçalves Júnior Chefe da Casa Civil

Luana Nunes Oliveira Santos Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social

Sérgio Gonçalves da Silva Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico

Erasmo Meireles e Sá Secretário de Obras e Serviços Públicos

Beatriz Basílio Mendes Secretária de Planejamento, Orçamento e GestãoL

uis Fernando Pereira da Silva Secretário de Finanças de Rondônia (Sefin)

Felipe Bernardo Vital Secretário da segurança pública (Sesdec)

Marcus Rito Secretário da Sejus

Jefferson Ribeiro da Rocha Secretário estadual da Saúde (Sesau)

Ana Lúcia Pacini Secretária da Educação de Rondônia

Luiz Paulo da Silva Batista Secretário da Agricultura de Rondônia

Marco Antônio Ribeiro de Menezes Lago Secretário do Desenvolvimento Ambiental (Sedam)

Maxsuel Mota de Andrade Procurador-geral do Estado

Francisco Lopes Netto Controlador-geral da CGE

Etelvina da Costa Rocha Ouvidora-geral do estado