Projeto de educação + Audiências públicas + Comércio popular + O vírus chinês
Projeto de educação
Há sinais, observados pelo movimento Todos Pela Educação, de que a educação brasileira caminha, além da atual estagnação, para uma queda jamais vista no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em 2021, a continuar a atual gestão do Ministério da Educação, marcada por brincadeiras de mau gosto e erros grosseiros de Português. Seria um desastre.
Como o beija-flor que tenta apagar o incêndio na floresta levando água no biquinho, o projeto social Omunga procura meios para fortalecer a educação no esquecido interior da Amazônia, plantando bibliotecas em áreas desassistidas e capacitando professores. A importância da iniciativa é demonstrada pela informação do Inep de que 55% das escolas brasileiras não têm biblioteca escolar ou sala de leitura. Escola sem espaço de leitura equivale a uma colmeia não ter mel.
O projeto Omunga na Amazônia, ao levar mais educação a regiões isoladas, onde até há escolas, mas faltam bibliotecas e a formação de professores é precária, deixa clara a incapacidade do sistema educacional brasileiro de cumprir seus deveres constitucionais. Em certa época houve a proposta, como tantas lançadas ao ar apenas com interesses ideológicos, de uma “Operação Lava Jato” na educação. Não é o caso de sair prendendo gestores, mas de aprender com o Projeto Omunga que leitura e professor capacitado fazem toda a diferença.
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Audiências públicas
O planejamento da prefeitura de Porto Velho para o exercício de 2021, com as audiências públicas programadas para a LDO – Lei das Diretrizes Orçamentárias foram suspensas - já está prejudicado em consequência do pavor gerado pela pandemia de coronavirus. Já foram remanejadas três reuniões pelo secretário Luís Guilherme Erse e outros encontros também poderão ser alterados. Também existe a revisão do Plano Diretor em andamento na pasta do planejamento cuja sequencia pode ser prejudicada.
Na fronteira
O município de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, que polariza uma exuberante região propicia ao turismo teve sua economia seriamente afetada em consequência do coronavirus. A fronteira boliviana foi fechada, causando estragos nas exportações dos comerciantes rondonienses para o vizinho País. E no outro lado do rio Mamoré as ruas estão desertas sem os compristas tradicionais de bugigangas importadas. A Pérola do Mamoré já vinha definhando com muitos prédios abandonados.
Comércio popular
Com lojas com preços de R$ 10,00 R$ 20,00 e R$ 30,00 nas principais avenidas de Porto Velho –Sete de Setembro (centro histórico), Jatuarana (na Zona Sul) e Amador dos Reis (Zona Leste) está se seguindo uma tendência para sobreviver, com o comércio popular, estratégia já adotada em outros estados. A situação que já estava difícil ficou mais ainda com a pandemia e as lojas destinadas a classe média (onde os preços são mais caros) já estão demitindo. Onde vamos parar?
O vírus chinês
As diferenças do Brasil com seu maior importador aumentaram com o deputado federal Eduardo Bolsonaro taxando o coronavirus de vírus chinês, seguindo a mesma toada do seu ídolo, o intempestivo presidente estadunidense Donald Tramp. Em situação anterior os conflitos causados pelo governo brasileiro com a China foram superados face a interveniência de alguns ministros. Rondônia não tem interesse na briga com os chineses: até a ferrovia transoceânica que passa pelo território rondoniense depende deles.
Mais epidemias
Não bastasse a pandemia chegando, Rondônia padece com verdadeiras epidemias, as de dengue e de câncer. Os números são assustadores e muitos semelhantes as estatísticas do Paraná, principal exportador de migrantes para Rondônia desde o final da década de 70, ainda nos idos do território federal. Um ano difícil para Rondônia e para o Brasil com saúde precária e com mais um ano de recessão e desemprego assombrando a população.
Via Direta
***Já começaram as primeiras demissões por conta do fraco desempenho lojista tendo em vista o coronavirus *** É uma situação preocupante já que o nível de emprego em Porto Velho já tinha caído drasticamente nos últimos anos *** As queixas no faturamento afetam todos os segmentos, dos taxistas as kengas, das lojas de roupas a eletrodomésticos *** Empreendimentos imobiliários lançados recentemente já estão prejudicados nesta altura do campeonato *** O pavor por conta da doença é tão grande que tem gente se refugiando em sítios pelo interior *** Lá vão enfrentar um perigo maior: os agrobandidos que roubam, sequestram e matam *** Impressiona o elevado número de filhos(as) e netos (As) drogados matando pais e avós pelo Brasil afora *** É uma verdadeira epidemia de violência rolando por aí. Em Porto Velho já são várias cracolândias funcionando no centro histórico e nos bairros mais distantes.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br