Presidente da Fecomércio, Orlando Diniz é preso no Rio pela Lava Jato

23 de fevereiro de 2018 469

Ele é alvo de investigação em um esquema de lavagem de dinheiro montado pela organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral

O presidente da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio), Orlando Diniz, foi preso nesta sexta-feira (23/2) pela Polícia Federal. A ação é desdobramento da operação Calicute, uma das fases da Lava Jato. São investigados desvios, lavagem de dinheiro e pagamento de cerca de R$180 milhões em honorários advocatícios com recursos da própria entidade.

Diniz entrou na mira do Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de integrar a organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral. De acordo com investigações, servidores fantasmas ligados a pessoas e familiares do grupo eram mantidos dentro do Sistema S.

Diniz foi afastado da presidência do Sesc-RJ em dezembro pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suspeita de irregularidades.

Além disso, apontam as investigações, a Fecomércio teria contratado o escritório de advocacia da ex-primeira dama, Adriana Anselmo. Suspeita-se que Cabral adotava medidas para ajudar a entidade. O escritório teria recebido cerca R$ 20 milhões.

Outros três mandados de prisão estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro. Os envolvidos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção e pertencimento à organização criminosa. Equipes da PF também fazem busca e apreensão na Fecomércio e no Sesc-RJ.

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