Os bons exemplos + Noiva cobiçada + Rosani Donadon confirma candidatura + As chances de Marcito Pinto
Os bons exemplos
Os tempos são terríveis. Pandemia, queimadas, desmatamento, venenos empesteando água, ar e terra. Nada disso vai mudar, ano após ano, se as críticas forem respondidas com palavrões e a ciência continuar ignorada pelo pensamento ilusório de que basta ignorar a tragédia ambiental para que ela desapareça. Sem negação nem negativismo, é preciso que os problemas sejam respondidos com ações resolutivas, superando a desastrada tática da avestruz de enfiar a cabeça num buraco ao se assustar.
Um dos setores da economia amazônica mais fragilizados pelas más notícias – o turismo – é também o que mais pode vir a se beneficiar de boas notícias. Se o Estado der conta das tarefas estruturais, os empresários do setor têm condições de apresentar uma infinidade de roteiros e opções, capazes de agradar a todas as faixas de público. Nesse sentido, vale apreciar o raciocínio de Mayra Castro, que nasceu na Amazônia e conhece o mundo: “Produto da Amazônia deveria ser visto como algo raro, caro, exclusivo e único, ao invés de ser vendido como commodities”.
Combater a má imagem do Brasil não se resolverá batendo boca com astros de Hollywood, mas corrigindo erros e valorizando o caviar amazônico, na expressão de Mayra. Constitui belo exemplo, neste caso, a campanha “Expedição Rio Negro”, que divulga e promove atividades e iniciativas turísticas das comunidades ribeirinhas. Situações difíceis exigem soluções.
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Noiva cobiçada
O deputado federal Leo Moraes (Podemos) que era o grande favorito para a peleja 2020 em Porto Velho, se transformou na chamada noiva atraente e cobiçada nos meios políticos da capital. Todo mundo disputando seu apoio. A “noiva” curte o bom momento ouvindo os galanteios de tantos pretendentes. Pisca pela manhã para um, flerta com outro a tarde e a noite suspira por um terceiro. Até agora não definiu alinhamento com nenhum pretendente.
Em Vilhena
Depois de idas e vindas, foi confirmada a candidatura da ex-prefeita Rosani Donadon (PSC) em Vilhena. Com isto, o atual prefeito Eduardo Japonês (PV) que nadava de braçadas, agora vai enfrentar o temível clã Donadon que já elegeu e reelegeu vários prefeitos na cidade portal da Amazônia. Vai ser uma baita revanche, pois no pleito passado o alcaide venceu Rosani, no entanto agora o cenário promete ser diferente naquelas bandas.
Grande largada
Em Ji-Paraná o prefeito Marcito Pinto (PDT) teve uma grande largada e é considerado o grande favorito na BR. Terá pela frente como possíveis polarizadores o cabo Jonhy, representando o bolsonarismo local e o ex-vereador Esaú Fonseca (MDB) com apelo populista. Em Jipa, que não tem segundo turno, quanto mais fragmentado o eleitorado a coisa ajuda a situação, e com isto Marcito tem grandes chances de conquistar um novo mandato.
Pés nas cova
Os idosos representam cerca de 20 por cento do eleitorado brasileiro e em Porto Velho vão às urnas para a escolha do novo prefeito tendo até horário especial de votação por conta da pandemia que já se prolonga por seis meses. Acredita-se que se trata de eleitores mais conservadores do que progressistas, beneficiando os candidatos a direita. Mas a grande maioria dos eleitores da capital rondoniense tem um perfil mais jovem e tem reduzido nos últimos pleitos os chamados “macacos velhos” da política.
A polarização
Em Ariquemes, o terceiro maior colégio eleitoral do estado, a campanha já começa polarizada entre o ex-deputado estadual Tziu Jidaias e o atual vice-prefeito Foladorzinho. O atual prefeito Thiago Flores preferiu ficar fora do pleito, anunciou sua desistência e não voltou atrás. Não foi como em Porto Velho, onde o prefeito Hildon Chaves garantiu que era contra a reeleição, depois desistiu da desistência, voltando ao páreo.
Via Direta
*** Petistas e bolsonaristas estão disputando eleições juntos em vários municípios brasileiros. Bolsonaro e Lula no mesmo palanque era considerado coisa impossível *** A tragédia das queimadas se espalhou pelo País com as temperaturas mais elevadas dos últimos anos *** Se antes, os estados mais atingidos eram RO, PA, MT, MS e AM, agora o bicho pega forte em Tocantins, no Pantanal e em algumas regiões de Minas Gerais, São Paulo e Paraná *** Aonde vamos parar com tanta fumaceira? Pulmões prejudicados, mais câncer com as partículas das queimadas *** As últimas chuvas deram uma aliviada em algumas regiões, mas o rebaixamento do lençol freático de Porto Velho por causa da estiagem já prejudica o abastecimento de água para população dos bairros não atendidas pela Caerd.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br