Os abutres do “Centrão” + As semelhanças entre a Covid-19 e o desmatamento ilegal na Amazônia
Os abutres do “Centrão”
As lideranças do “centrão”, uma desprezível conglomeração de partidos com o maior número de corruptos por metro quadrado do País e que estão desembarcando no governo do presidente Jair Bolsonaro, já participaram anteriormente dos governos petistas Lula e Dilma e do presidente golpista Michel Temer (MDB). Neste contexto figuras carimbadas como os ex-detentos Waldemar da Costa Neto e Roberto Jeferson já se arvoram em articuladores da nova base aliada do Planalto, representando a antiga política de volta ao poder. Como a história política brasileira é recorrente!
Cada vez mais isolado e colocando fora do seu governo ministros aprovados como Mandetta (Saúde) e Sérgio Moro (Justiça), o presidente Bolsonaro, para proteger os filhos de suas ligações espúrias com os milicianos do Rio de Janeiro e a prática de “rachadinhas” dos seus rebentos – algo comum nas câmaras de vereadores e assembleias legislativas até os dias de hoje - tem cometido tantos equívocos. Se aliar aos abutres do centrão será mais um, pois estes depois de se locupletarem com o erário – como sempre fizeram – serão os primeiros a largar o Bolsonaro quando a coisa apertar.
Mesmo em tempos de pandemia, os políticos agem como selvagens cães de guerra. As disputas políticas ficam como prioridades enquanto o novo coronavírus se espalha lotando cemitérios em várias regiões do País. A brigarada vai atrasar mais ainda a recuperação econômica jogando milhões de brasileiros ao desemprego, enquanto uma nova base parlamentar se forma baseada nos ideais dos abutres do “centrão” - entre eles, a rapinagem – e o fanatismo bolsonarista que faz antagonismo e contraponto aos devotos petistas. Até quando?
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As semelhanças
As semelhanças entre a Covid-19 e o desmatamento ilegal na Amazônia podem ser resumidas a duas, que não podem ser vistas à distância, como se não estivessem relacionadas ao presente e ao futuro de quem vive e trabalha na região. Primeira, ambas afetam as vidas dos povos amazônicos, gerando reflexos que se estendem pelo país. Segunda, há sérias dúvidas sobre se o combate às duas é conduzido com qualidade e bons resultados.
Sem rancores
A julgar pelas ações iniciais do Conselho da Amazônia, há preocupação real, os governadores não estão parados, as lideranças empresariais e comunitárias se dispõem a agir, mas é preciso de imediato pôr de lado os rancores ideológicos que retardam ou impedem a união em torno de consensos possíveis. O primeiro consenso é óbvio: defender a vida. A pandemia e o desmatamento são cruéis e jogam contra a vida, seja a dos homens, seja a da flora e da fauna, bem como a saúde das águas, essencial às vidas que existem nelas e em suas margens.
Proteger vidas
Ao novo ministro da Saúde espera-se corrigir o único erro de fato do anterior – o personalismo – e o anúncio de que o governo federal planeja aumentar a fiscalização da floresta para conter o salto de 51% no desmatamento durante o primeiro trimestre do ano renovam as esperanças em que o respeito às vidas prevaleça. Proteger vidas, combater doenças e punir o crime é o mínimo a esperar de um bom governo.
Verão chegando
Com o verão amazônico chegando (estação sem chuvas e muito calor) devem se agravar as doenças respiratórias com as queimadas provocadas pelo acelerado desmatamento nos estados da região amazônica. Em plena era do coronavírus, com tanta fumaça e poeira, a situação dos idosos e das crianças, mais suscetíveis as doenças, vão precisar de mais monitoramento pelas autoridades sanitárias e neste caso nem ficar em casa vai resolver o problema já que a fumaceira atinge toda a população.
É oportuna
Por tudo isto, entendo como oportuna a contratação de um hospital particular, bem equipado como o Prontocardis, para reforçar o atendimento nesta explosão do coronavírus em Rondônia. Mesmo porque com o verão haverá também um crescimento exponencial de doenças respiratórias na região de Porto Velho devido a fumaça provocada pelas queimadas. Com o hospital funcionando, com médicos, enfermeiros e fornecimento de remédios gratuitamente aos pacientes a situação será bem atenuada.
Via direta
*** Mais confusões a vista. O deputado estadual Eyder Brasil (PSL) quer extinguir as visitas intimas nos presídios rondonienses ***Os presos já devem estar revoltados só de em ouvir sua proposta *** O prefeito de Poro Velho Hildon Chaves (PSDB) já admite que terá dificuldades em honrar o pagamento dos servidores municipais na folha de maio *** Não será diferente em termos de erário da esfera estadual, já que o governador Marcos Rocha se viu obrigado a destinar todos os recursos no combate a pandemia do novo coronavírus que se espalha perigosamente por todo o estado *** Trocados em miúdos: nuvens negras se aproximam do céu azul do estado .O tombo na economia deverá ser enorme nos próximos meses *** Salve-se quem puder *** O deputado Aécio da TV recorreu a cassação no TRE. Já são oito deputados enrascados, com recursos correndo na justiça, portanto no bico do corvo.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br