O chocolate de cupuaçu + Sabor da vingança + O punhal da traição + Tudo conspira
O chocolate de cupuaçu
Não é a melhor opção dar nome a um novo produto fazendo analogia a outro, que embora muito conhecido seja inferior. Mais ainda, quando o novo produto for associado, sem relação alguma – nem trocadilho – com atividades sexuais. O cupulate, que as mentes pudicas e conservadoras são convidadas a não pensar que tenha a mínima relação com “copulate”, em Inglês, foi apresentado como um novo, casto e inocente tipo de chocolate sem cacau, feito com as sementes do fruto cupuaçu.
Em 1990, pareceu uma boa ideia colar esse novo produto da biodiversidade amazônica, obtido a partir do cupuaçu, à imagem já atraente e sugestiva do chocolate. Até a apresentação em barras reforçou a analogia com o chocolate, que é um produto inferior, considerando seus defeitos, como a cafeína e perigosas gorduras rapidamente acumuladas nas panças dos chocólatras.
O novo produto, bem mais saudável, foi objeto de uma luta mundial com o Japão pela posse da patente, como também o nome da fruta que o originou, o cupuaçu. Ele foi finalmente assegurado à Embrapa, em marcante vitória sobre a biopirataria.
É recomendável que a Embrapa mantenha a marca sob seu domínio, de fato, mas que o produto colocado no comércio mundial seja rebatizado. “Chocolate do bem” não vale, até porque o produto do cacau também tem ótimas qualidades quando consumido sob controle nutricional.
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A bala de prata
Um dos lados na peleja pelo Centro Administrativo de Rondônia no pleito do segundo turno dia 30 de outubro – agora em desvantagem contra o adversário – prepara uma bala de prata, leia-se algo decisivo na atual campanha. Não dizem o que é, mas o “projetil” citado seria daqueles capaz de exterminar até os vampiros empedernidos da Transilvânia, aqueles da literatura de terror. Pergunta-se o que poderia ser de tão terrível para ser qualificado como uma bala de prata? Que mistério é esse, a lá filmes de Alfred Hitickok, o mago do suspense?
Sabor da vingança
O senador eleito Jaime Bagatolli (PL) e o deputado federal reeleito coronel Chrisóstomo (PL) que apoiariam a eleição do atual governador Marcos Rocha (União Brasil) em 2018 receberam como recompensa um pé do atual mandatário depois do resultado das urnas no pleito passado. Se revoltaram e lideraram a reação do candidato a governador Marcos Rogério contra Marcos Rocha. Boa parte da vingança já foi concretizada: tanto Bagatoli como Crisóstomo se elegeram. Agora, na conta deles, só falta Marcos Rogério destronar Rocha, o que segundo eles é só questão de tempo.
O punhal da traição
Temos muitos punhais da traição rolando na atual campanha. Os mais vistosos são do deputado estadual Luizinho Goebel (PSC), líder do governo Marcos Rocha na Assembleia Legislativa e seu sogro, Evandro Padovani que foi secretário da Agricultura do atual governador. Pois é, eles afiaram o punhal da traição e desferiram um golpe bem caprichado nas costas do atual governador, pulando do barco governista para a nau oposicionista de Marcos Rogério. A traição não é uma exclusividade do clã Goebel na política rondoniense especialmente em Vilhena isto vem desde 1982, quando o emedebista Paulo Marzola virou a casaca de Jeronimo para Teixeirão.
Tudo conspira
Especialista em eleições rondonienses, o ex-vice-governador e ex-deputado federal por Rondônia Miguel de Souza, um paraibano porreta, sempre dizia a seus discípulos da política local. “Vence eleição por aqui quanto tudo conspira a favor do candidato. O universo vem junto”. É o que estamos vendo por aqui, senão vejamos: Marcos Rogério nem queria ser candidato a governador. Aspirava ser um ministro do presidente Bolsonaro e levou um pé. Então se dedicou a angariar a liderança do Senado e levou outro pé da família Bolsonaro. Daí se armou para conquistar o União Brasil e levou um pé duplo, de Bolsonaro e do Coronel Marcos Rocha.
A identidade
Marcos Rogério era quase um sem teto político quando conseguiu garantir o PL, a legenda do presidente para seu grupo político. O que ninguém considerava era que por sua atuação no Congresso Nacional, fosse o político com maior identidade com Bolsonaro e isto lhe garantiu ascensão ao segundo turno em condições de igualdade com o governador Marcos Rocha. E nesta campanha de segundo turno é o grande beneficiado pela imagem do presidente, mesmo este declarando neutralidade para o pleito rondoniense. Tudo conspirando a favor, inclusive aquela desistência de Ivo Cassol imposta pela inelegibilidade.
Via Direta
***Não se vê o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) tão presente na campanha de reeleição do coronel Marcos Rocha (União Brasil) neste segundo turno *** Trata-se de um momento decisivo e Rocha precisa muito de Hildon Chaves, Mariana Carvalho, Ieda Chaves, Fernando Máximo e Cristiane nas ruas para ele se garantir na capital *** As autoridades de segurança reforçaram as operações policiais nos conjuntos Orgulho do Madeira, Morar Melhor Cristal da Calama, aonde estão instalados os comandos das facções criminosas *** Mas não basta a esfera de segurança pública atuar apenas em temporada de eleição. O combate ao crime organizado tem que ser constante, senão é apenas enxugar gelo *** E o governador Marcos Rocha agora anuncia café da manhã nos restaurantes do Prato Fácil...
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br