MPF denuncia 11 por compra de Pasadena e Dilma não é uma delas

19 de dezembro de 2017 420

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou nesta segunda (18) denúncia contra 11 pessoas, incluindo o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), por corrupção e lavagem de dinheiro na compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena.

A Petrobras pagou à empresa Astra Oil, sócia no negócio, cerca de US$ 1,3 bilhão por metade da refinaria, em fevereiro de 2007.

A Astra Oil havia comprado Pasadena dois anos antes, por uma fração do que a Petrobras pagou: apenas US$ 42 milhões. Incluindo melhorias, a empresa havia gasto US$ 126 milhões — menos de 10% do valor que viria a ser pago pela Petrobras — com Pasadena até aquele momento.

Segundo o MPF, o contrato gerou US$ 17 milhões em propina a ex-funcionários da Petrobras — como o ex-gerente e delator Pedro Barusco, que devolveu US$ 98 milhões ganhos ilegalmente — e a Delcídio.

Além dos réus acusados de receber propina, também foram denunciados operadores que ajudaram nas transações, como os doleiros Alberto Youssef e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

Em outubro, o Tribunal de Contas da União bloqueou os bens da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por causa da transação, que ocorreu em fevereiro de 2007, quando ela presidia o conselho de administração da Petrobras. Mas ela não foi acusada formalmente de crime nem foi citada na denúncia pela Procuradoria nesta segunda (18).

Em nota, a ex-presidente negou qualquer ilegalidade: “Não há prova alguma de qualquer ilícito praticado pelo conselho administrativo da Petrobras”, disse a petista em nota divulgada à imprensa.

Dilma não foi citada na denúncia apresentada pelo MPF nesta segunda (18).

(…)