Máscara eterna + Só no lucro + Pau no favorito! + O beneficiário
Máscara eterna
Os satélites mostram uma escura e grossa nuvem de poeira se deslocando da África em direção à América do Sul. Ao contrário do novo coronavírus, que surpreendeu a humanidade com seu ataque fulminante e rapidamente disperso, não é uma novidade: o fenômeno se repete anualmente.
A diferença é que, como o calor, que acaba de fazer a Sibéria parecer uma estação de veraneio, o poeirão proveniente do deserto africano vem mais forte e seus efeitos completos só poderão ser avaliados depois que a temporada se completar.
Por onde transitou, ela já deu sinais de que não vai passar em brancas nuvens. Como está mais intensa, o ar nas regiões em que a massa compareceu – foi sentida na Venezuela e regiões do Caribe, com a Amazônia na rota – quem já usa a máscara para se proteger da pandemia terá um uso adicional para ela.
O uso de máscaras não será mais uma alternativa provisória mas uma necessidade permanente se a pandemia se estender em novas ondas e o poeirão continuar aumentando de volume. Em geral ele fica acima das nuvens até se precipitar com a chuva e trazer nutrientes para o solo, mas em maior volume turva a visibilidade. Se a máscara tiver que ser parte obrigatória da indumentária humana, será preciso que os cientistas a tornem mais cômoda e transparente, como os óculos que outrora inundavam o rosto e hoje são quase invisíveis.
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Só no lucro
Não vejo vencedores e nem derrotados num possível confronto pela prefeitura de Porto Velho entre o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o deputado federal Leo Moraes (Podemos). Se Hildon Chaves perder a parada, com certeza dois anos depois conseguirá uma cadeira na Câmara Federal, que era seu grande sonho. Se Leo Moraes ganhar o pleito vai realizar o sonho do seu pai, Paulo Moraes e se perder a peleja terá uma das reeleições mais tranquilas a Câmara Federal, pois só tem ampliado suas bases eleitorais nos últimos anos
Tem espaço
A campanha 2020 na capital deve começar realmente polarizada entre Hildon Chaves (PSDB) e Leo Moraes (Podemos) numa grande revanche de 2016. Mas pode ser considerado um espaço para o nascimento de uma terceira via que tenha a capacidade de se beneficiar da rejeição o prefeito tucano. Também teremos aumento da rejeição de Leo Morais nesta campanha, pois ganhando o pleito cederá sua cadeira ao clã Raupp, aquele do ex-senador Valdir enrascado com a Lava Jato.
Pau no favorito!
Levando em consideração que Leo Moraes é favorito de novo – no primeiro favoritismo levou pau do tucano – ele já começa a levar carga dos adversários. Alega-se que se Leo Moraes for eleito, Rondônia perderá seu melhor parlamentar no Congresso cedendo vaga ao Raupps, mais sujos do que poleiro. E mais: os adversários aproveitam para espalhar que são os Raupps é que vão financiar a candidatura de Moraes com recursos de propinas.
As avessas
Mas sem dúvidas quem vai levar mais cacete na disputa a prefeitura de Porto Velho, como de costume, será o prefeito de plantão. A oposição vai explorar os problemas enfrentados na saúde, na educação, na falta de eficiência no combate ao coronavirus e deve ligar o prefeito ao ex-senador Expedito Junior que tem elevada rejeição na capital e é considerado uma pata de coelho as avessas para a campanha de Hildon Chaves.
O beneficiário
Na guerra dos tops das galáxias Hildon e Leo provocando desgastes entre ambos – e eles sabem e tem grande competência para acertar as fuças dos adversários – haverá com certeza um beneficiário para despontar como uma terceira via. Mas quem seria? Mauro Nazif (PSB), Cristiane Lopes (PP), Vinicius Miguel (Cidadania), Alex Palitot (PTB), o bolsonarista Chrisóstomo, algum vermelhinho até agora desconhecido?
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Via Direta
*** Uma onda de arrombamentos de casas atormentou os moradores de Porto Velho na semana passada, mesmo em plena pandemia onde a maioria das famílias deveria permanecer em casa *** No entanto, se constatou vizinhos pegando as canoas para pescaria, outras famílias se dirigindo aos balneários, as pessoas buscando os botecos, como se tudo já estivesse normalizado *** Porto Velho depois de Manaus e Belém, pode se transformar no novo epicentro do coronavirus na região caso não melhorar os índices de distanciamento social *** Os Prefeitos rondonienses estão urrando com a queda de arrecadação. A ajuda do governo Bolsonaro veio em boa hora, inclusive para Porto Velho *** Os recursos emanados da União ajudam no pagamento da folha dos servidores municipais.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br