Lava Jato: Romero Jucá e Valdir Raupp viram réus por corrupção

15 de junho de 2020 688

A13ª Vara da Justiça Federal aceitou uma denúncia oferecida pela Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), contra os ex-senadores Romero Jucá e Valdir Raupp, ambos do MDB. Eles viraram réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em contratos com a Transpetro.

Além de Raupp e Jucá, Luiz Fernando Maramaldo, Fernando Reis, Nelson Maramaldo e Sergio Machado foram alvos da decisão da Justiça.

 

Conforme foi apurado pela força-tarefa, as empreiteiras pagavam propina aos integrantes do MDB responsáveis pela nomeação e manutenção de Machado na presidência da estatal. Em troca, Machado garantia às empreiteiras a continuidade dos contratos e a expedição de futuro convites para licitações.

O esquema de corrupção mantido na Transpetro resultou em uma série de pagamentos ilícitos disfarçados de doações eleitorais oficiais ao partido entre 2008 e 2010 e em 2012.

Denúncia

De acordo com a denúncia, em 2008, a NM Engenharia pagou propina disfarçada de doação eleitoral oficial no valor de R$ 100 mil ao Diretório Estadual do MDB em Roraima, presidido na época por Jucá.

O dinheiro foi utilizado para a campanha eleitoral de Elton Vieira Lopes à prefeitura de Mucajaí (RO). Ao todo, a NM Engenharia pagou R$ 1,3 milhão em vantagens indevidas, na forma de doações eleitorais, para Jucá e outros políticos do MDB.

Já em relação à Odebrecht Ambiental, esquema semelhante ocorreu em 2012, quando o ex-senador Valdir Raupp recebeu, com o auxílio de Machado, R$ 1 milhão da empreiteira. Reis, presidente da empresa na época, utilizou outra companhia do grupo, a Barro Novo Empreendimentos Imobiliários, para fazer duas doações eleitorais oficiais no valor de R$ 500 mil cada.