Índios de Rondônia denunciam ao MPF extração ilegal de madeira em terras indígenas
Associação do Povo Indígena Karipuna (Apoika) voltou a denunciar ao Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO), à Polícia Federal (PF) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) novos episódios de roubo de madeira e grilagem de terra na região do rio Formoso (RO), na Terra Indígena (TI) Karipuna. Ao sair de suas casas para coletar castanhas, os indígenas flagraram toras de madeiras empilhadas no chão.
De acordo com um documento direcionado aos órgãos de fiscalização – MPF e PF -, já foram realizadas “várias” denúncias pelos indígenas, mas, até o momento, não houve uma operação de fiscalização com “resultado satisfatório”. “Com isso, a comunidade ficou impossibilitada de coletar castanha e realizar outras atividades nesta região pela presença ameaçadora dos invasores, que transitam livremente pelo local”, diz um trecho da denúncia.
“A comunidade ficou impossibilitada de coletar castanha e realizar outras atividades nesta região pela presença ameaçadora dos invasores”
Uma das situações que mais chamam a atenção dos indígenas e das instituições pró-indígenas é a construção de pontes improvisadas dentro da área dos Karipuna. Segundo Laura Vicuña, missionária do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Rondônia, no final de 2020 todas as pontes haviam sido identificadas por meio de monitoramentos terrestre e aéreo para que fossem, posteriormente, destruídas.
“No final de 2020, a Associação Indígena do Povo Karipuna, o Cimi e o Greepeace pediram ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para que essas pontes fossem destruídas. Inclusive, em fevereiro deste ano, identificamos mais uma ponte, que foi reformada para a passagem de carros [antes só passavam motos], e reforçamos, mais uma vez, o pedido. Só que não destruíram, porque a Funai alegou ao MPF e à PF que não fariam isso sob o argumento de que as pontes facilitariam as ações de fiscalização no território”, explica a missionária.
“A Funai alegou ao MPF e à PF que não fariam isso sob o argumento de que as pontes facilitariam as ações de fiscalização no território”
Invasores, como pecuaristas e madeireiros, construíram pontes improvisadas na região do rio Formoso, na TI Karipuna. Foto: povo Karipuna
“Mas estamos percebendo, na verdade, que não existe qualquer fiscalização por parte da Funai nessa área do território. Se houvesse, não existiria tanta pressão em cima da Terra Indígena do povo Karipuna”, lamenta.
Diante do contexto, as lideranças do povo Karipuna reforçaram, por meio desse último documento direcionado ao MPF e à PF, que sejam realizadas, urgente, as devidas fiscalizações no território.
Associação do Povo Indígena Karipuna (Apoika) voltou a denunciar ao Ministério Público Federal em Rondônia (MPF/RO), à Polícia Federal (PF) e à Fundação Nacional do Índio (Funai) novos episódios de roubo de madeira e grilagem de terra na região do rio Formoso (RO), na Terra Indígena (TI) Karipuna. Ao sair de suas casas para coletar castanhas, os indígenas flagraram toras de madeiras empilhadas no chão.
De acordo com um documento direcionado aos órgãos de fiscalização – MPF e PF -, já foram realizadas “várias” denúncias pelos indígenas, mas, até o momento, não houve uma operação de fiscalização com “resultado satisfatório”. “Com isso, a comunidade ficou impossibilitada de coletar castanha e realizar outras atividades nesta região pela presença ameaçadora dos invasores, que transitam livremente pelo local”, diz um trecho da denúncia.
“A comunidade ficou impossibilitada de coletar castanha e realizar outras atividades nesta região pela presença ameaçadora dos invasores”
Uma das situações que mais chamam a atenção dos indígenas e das instituições pró-indígenas é a construção de pontes improvisadas dentro da área dos Karipuna. Segundo Laura Vicuña, missionária do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) Regional Rondônia, no final de 2020 todas as pontes haviam sido identificadas por meio de monitoramentos terrestre e aéreo para que fossem, posteriormente, destruídas.
“No final de 2020, a Associação Indígena do Povo Karipuna, o Cimi e o Greepeace pediram ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal para que essas pontes fossem destruídas. Inclusive, em fevereiro deste ano, identificamos mais uma ponte, que foi reformada para a passagem de carros [antes só passavam motos], e reforçamos, mais uma vez, o pedido. Só que não destruíram, porque a Funai alegou ao MPF e à PF que não fariam isso sob o argumento de que as pontes facilitariam as ações de fiscalização no território”, explica a missionária.
“A Funai alegou ao MPF e à PF que não fariam isso sob o argumento de que as pontes facilitariam as ações de fiscalização no território”
Invasores, como pecuaristas e madeireiros, construíram pontes improvisadas na região do rio Formoso, na TI Karipuna. Foto: povo Karipuna
“Mas estamos percebendo, na verdade, que não existe qualquer fiscalização por parte da Funai nessa área do território. Se houvesse, não existiria tanta pressão em cima da Terra Indígena do povo Karipuna”, lamenta.
Diante do contexto, as lideranças do povo Karipuna reforçaram, por meio desse último documento direcionado ao MPF e à PF, que sejam realizadas, urgente, as devidas fiscalizações no território.
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PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)
Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .