Igreja é criticada por corrente conservadora do Vaticano por participação em debate ambiental

4 de outubro de 2019 444

Da Época:

Quando bispos e outros líderes da Igreja se reunirem em Roma neste domingo, para o sínodo que reunirá cerca de 300 lideranças católicas de todo o mundo para um debate sobre a Amazônia, suas pautas estarão dispersas.

Primeiro, há uma forte corrente crítica, para a qual a agenda do sínodo seria política demais e o impulso geral será transformar a Igreja Católica numa ONG, uma espécie de Greenpeace com água benta. De acordo com essa visão, a Igreja deveria estar salvando almas, não florestas, e preocupando-se com a evangelização mais do que com o meio ambiente.

Em segundo lugar, há vozes importantes dentro do catolicismo que duvidam da ideia de “mudança climática” e do movimento ecológico por trás dela. Elas temem que isso abra caminho para reviver a pauta socialista — algo que desejavam estar morto e enterrado com o colapso do comunismo. Como diz o ditado em círculos católicos tradicionalistas: “Verdes são os novos vermelhos”.(…)

 

Em resumo, o sínodo deverá apresentar disputas quanto à missão essencial da Igreja, seus ensinamentos sobre o homem e o meio ambiente e sobre a natureza da identidade sacerdotal — não é de admirar que as tropas já estejam se preparando para a batalha.