Há espaço para diversidade LGBTQIA+ na igreja evangélica? Pastores contam como é na prática

A população autodeclarada evangélica saltou de 22% em 2010 para 31% em 2019, de acordo com o Datafolha – um público que vem se pluralizando com a exposição ao debate nas redes sobre diversidade e inclusão das comunidades LGBTQIA+. É o que explicam os pastores Fellipe dos Anjos e Hermes Carvalho Fernandes, em entrevista a Natuza Nery.
"Dentro dessa pluralização nós assistimos a emergência de muitos grupos progressistas que foram empoderados", afirma Fellipe dos Anjos.
Panfleto de boas-vindas na Igreja da Comunidade Metropolitana do Rio de Janeiro: Deus ama todas a pessoas — Foto: Marcos Serra Lima/G1
Ele destaca que a demanda por inclusão sempre existiu dentro do campo evangélico, mas ganhou força a partir das redes sociais, além da radicalização de famílias cristãs "na direção de posturas fundamentalistas".
"Tem surgido muita diversidade, só que essa diversidade não pode ser tratada como o motivo das divisões no interior da igreja, e mesmo no interior das famílias. O que causa essa divisão é a postura violenta de lideranças religiosas contra essa diferença", diz.
"A gente tem visto a diferença ser tratada como crime, pecado, impureza. Isso gera divisão."
Hermes Carvalho Fernandes, autor do livro "Homossexualidade: da sombra da lei à luz da graça", cita “interpretações equivocadas” sobre as orientações sexuais e explica a leitura que faz destes mesmos trechos:
“Não encontramos uma única passagem que fale sobre homoafetividade.”
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto