...E A MÚSICA DE HOJE VAI PARA UM CANDIDATO A PREFEITO QUE DÁ PENA!

17 de setembro de 2024 121

 

Em 1963, ao cursar a 2ª série ginasial, fiquei conhecendo um colega espanhol que gostava de falar das coisas do seu país, satisfazendo a minha insaciável curiosidade sobre usos e costumes de outros povos.

Ele era um menino ao chegar com a família e, ao desembarcar no porto de Santos, viu vários moleques agredindo apenas um adversário. Indignado, perguntou ao pai: "São animais?".

É que espanhóis consideravam uma enorme covardia as brigas desiguais. Se uma turma queria acertar as contas com alguém, tinha de vir um contra um enquanto os outros apenas assistiam. Caso contrário, todos seriam desprezados pela vizinhança.

Lembrei-me disto ao ver o vídeo de um candidato (que troca de partidos como de sapatos e ficou famoso comandando medíocres programas policiais na TV) reagir a uma acusação de arregão agredindo quem o ofendera num debate político com... uma cadeira! 


Pelos critérios do meu colega espanhol, ele estava comprovando ser mesmo um arregão, ao não responder ao desafeto com as mãos limpas.

Lembrei-me também de que o pessoal da minha turminha de rua já me advertia quanto a não utilizar minhas pernas compridas para desfechar pontapés na virilha daqueles com quem brigava. 

Quem não aprende essas coisas quando criança, passa a vida inteira comportando-se como... um arregão! 

Além de bobalhão, pois o alvo da cadeirada, provocador contumaz, estava querendo gerar uma bizarrice que colocasse em evidência sua participação naquele debate entre insignificâncias políticas num canal a que quase ninguém assiste. 

Conseguiu exatamente o que pretendia, tendo apenas a lamentar uma costela fraturada. Faz parte do jogo.

Quanto às eleições da nossa democracia burguesa e aos políticos profissionais que delas participam, estão sendo um festival de horrores. (por Celso Lungaretti

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Fonte: Celso Lungaretti
A VISÃO DEMOCRÁTICA (POR CELSO LUNGARETTI )