Dos oito deputados federais de RO, três devem disputar novos cargos e dois vão ter dificuldade em reeleger; já o senado pode surpreender
A bancada federal de Rondônia na Câmara dos Deputados é formada por Léo Moraes, Mauro Nazif, Silvia Cristina, Chrisóstomo, Mariana Carvalho, Expedito Netto, Jaqueline Cassol e Lúcio Mosquini.
Dessa composição, três devem partir para novos cargos, como Léo Moraes que deve ser candidato ao governo, Mariana Carvalho, que anda flertando com a vaga ao Senado e Jaqueline Cassol, cujo futuro político deverá ser decidido a partir da condição jurídica de seu irmão, Ivo, ex-senador que aguarda o Supremo julgar os prazos de inelegibilidade da lei da ficha Limpa.
A princípio, ela é candidatíssima ao Senado, o que mudaria seria uma composição com o grupo político que o governador Marcos Rocha está montando.
E a coisa complica para os deputados como Chrisóstomo, eleito na onda bolsonarista em 2018, mas toda sua dedicação e servidão ao governo de Jair Bolsonaro não renderam os dividendos que ele esperava. Sem uma base definida, o coronel da reserva vai ter grandes dificuldades na reeleição, e não tem tempo para reverter esse cenário.
Mauro Nazif, por sua vez, tem uma base eleitoral consolidada, mas anda tendo problemas de saúde e isso complica muito as andanças atrás do eleitorado. Nazif sempre foi atuante, participando de reuniões e eventos e mantém uma relação firme com movimentos de servidores públicos. Sua legenda, o PSB, deve integrar a frente ampla de apoio à Lula em Rondônia, mas o partido não tem um nome de peso para substitui-lo. E isso enfraquece suas chances de reeleição.
Expedito Netto, que no primeiro mandato parecia disposto a conduzir o próprio destino político, perdeu-se no segundo. Ele próprio não tem um eleitorado firme, depende e muito da estrutura articulada por seu pai, Expedito Júnior, que está cada dia mais isolado no cenário regional. Os grupos estão se renovando e novas lideranças com o mesmo perfil de Netto, como Adaílton Fúria, atual prefeito de Cacoal, têm um espaço mais consolidado.
Silvia Cristina aposta todas as suas fichas no trabalho de arrecadação de recursos que faz para o Hospital do Amor, tem sido uma espécie de ‘madrinha’ da instituição. Mas, apenas isso pode não ser suficiente, o teste de verdade será nas urnas este ano. Ji-Paraná, principal colégio eleitoral de Sílvia, costuma surpreender.
Por último, e não menos importante, temos Lúcio Mosquini, que foge dos holofotes mas atua forte nos bastidores. O deputado, apesar de ser a maior liderança do MDB no Estado, é do partido do ‘eu sozinho’, e prioriza sua reeleição acima de qualquer outra questão. O problema é que o MDB tem caciques demais, não tem a mesma força de outrora e a construção de nominatas complica quando tem um nome de peso encabeçando.
Já a única vaga ao Senado tem gente demais na disputa. Além de Mariana e Jaqueline, de olho na cadeira estão Expedito Júnior, Jaime Bagattoli e Ramon Cujui (a princípio). Muitos falam em ‘favoritismo’ de Expedito, mas o problema é que todos os adversários já conhecem o teto do ex-senador, e seu potencial de votos. E quando se sabe os limites do oponente, fica bem mais fácil atuar nos pontos fracos.
O certo é que as eleições desse ano devem ser marcadas por uma renovação recorde na bancada de Rondônia na Câmara. Vários nomes circulam no Estado, e os novos estão melhor cotados junto ao eleitorado.
À conferir o resultado…
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PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)
Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .