“DOIS PAPAS” TERIA SIDO UM NOVO MANIFESTO COMUNISTA ?
O verdadeiro “foguetório”com que a esquerda festejou o filme “Dois Papas”,”cantando loas” ao Papa Francisco”,e de certo modo “esculachando” o seu antecessor,o Papa Bento XVI, despertou-me a curiosidade e resolvi “conferir” esse filme.
Embora eu não seja nenhum especialista ou crítico de cinema, nem por isso me sinto impedido de tecer algumas considerações sobre o seu conteúdo.
Por um lado, anda cada vez mais forte a versão de que a “Nova Ordem Mundial” e, portanto, também a sua “matriz”, o “Clube (ou Grupo)de Bilderberg”,ambos integrados pelas pessoas mais poderosas e ricas do mundo, e que teriam grande influência dentro do “Colégio dos Cardeais”,teriam sido os principais patrocinadores da escolha do Papa Francisco,o Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio,como novo Papa da Igreja Católica, bispo de Roma ,e Chefe de Estado da Cidade do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI (o Cardeal alemão Joseph Aloisius Ratzinger),que abdicou ao trono papal em 20 de fevereiro de 2013.
Mas como supor que a eleição do Papa Francisco teria sido obra do grupo de pessoas mais ricas do mundo, ao mesmo tempo em que a sua eleição foi festejada e considerada uma grande vitória da esquerda, da “Teologia da Libertação”? Como explicar esse tipo de contradição ?
Nem mesmo Karl Marx, o criador do “socialismo científico”, do comunismo, poderia ter imaginado que algum dia a sua “criatura”,a sua ideologia , acabaria se “fundindo” com os maiores interesses do Grande Capital, que tanto ele combatia, e que efetivamente sempre dominou o mundo.
Marx certamente teria ficado estarrecido com a “evolução” que deram à sua doutrina, uma “combinação”,um “acordo”, entre a esquerda e o capital. Por esse grande “acordo”,os maiores empresários do mundo ,os “donos” do capital”, portanto,o “Clube de Bilderberg”,e a “Nova Ordem Mundial”, continuariam dominando as riquezas materiais do mundo, enquanto entregariam a responsabilidade pela POLÍTICA à esquerda, cada qual respeitando os seus limites e não interferindo na “jurisdição” do outro.
Essa política “universal” poderia ser comparada mais ou menos ao que se passa na mesquinharia da politica brasileira do chamado “toma lá-dá-cá”, um grande acordo de garantias e proteções recíprocas, celebrado entre as “patifarias” dos “Três Poderes Constitucionais”, onde cada qual respeita e não interfere na “ração”” do outro.
Quem patrocinou o filme “Dois Papas”?
O dito filme só “esculacha” o Papa Bento XVI, omitindo completamente a sua vida pregressa pessoal ou religiosa, à excessão de duas ou três passagens,de aspecto negativo, em que,claramente,alguns “pontas” do filme, em alto e bom som, se referem a esse Papa como “NAZISTA” .
A única referência positiva ao alemão Ratzinger foi as de que ele teria sido um grande intelectual . E só.
Enquanto isso, o “herói”,o “mocinho” do filme, foi só Bertoglio,que havia começado a sua trajetória religiosa quando era um simples padre católico progressista ,na Argentina, integrante da corrente religiosa da “Teologia da Libertação”,versão argentina- que poderia ser resumida como a “Pedagogia do Oprimido”, vestida de “batina”, do educador brasileiro Paulo Freire. A capa do livro de Paulo Freire (La Pedagogia Del Oprimido),chega a ser filmada com destaque.
Importante é salientar que o livro de Paulo Freire (Pedagogia do Oprimido) foi escrito no Chile, em 1968,durante o exilio do educador, ao passo que a “Teologia da Liberação” é posterior,de 1971.
O “pano de fundo” da trajetória religiosa e política de Bertoglio ,dentro dos objetivos “doutrinadores” do filme , não poderia ter sido melhor escolhido. Os “bandidos” foram os militares e policiais argentinos durante a repressão do Regime,ou Ditadura Militar, inclusive contra os chamados membros “progressistas” da Igreja Católica, onde Bertoglio se incluia, e que chegaram a ser perseguidos, presos,torturados e mortos. Mas o filme só mostrou “um lado” dessa guerra intestina,ou seja,a agressão dos militares contra os “progressistas”. E não foi bem assim...
Sérgio Alves de Oliveira
Advogado e Sociólogo
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Sérgio Alves de Oliveira