Com onda de violência e roubos fora de controle, Marcos Rocha encontrou solução, demitir o secretário de segurança no apagar das luzes de seu governo

Rondônia está entregue à Deus. Literalmente, porque quando se fala em gestão de políticas públicas como saúde, educação e segurança a coisa desanda. Mas os eleitores não podem reclamar. Ao menos do atual governo. Com a votação expressiva que teve o ex-secretário de saúde, Fernando Máximo, validaram toda a incompetência dele, que foi premiado com uma vaga na Câmara Federal.

Se a gestão na saúde era uma enganação, na segurança pública a coisa andava no mesmo ritmo. O agora ex-secretário de segurança Hélio Pachá, passou todo o governo Marcos Rocha enaltecendo compra de armas e até um ‘caveirão’, sem se preocupar em elaborar um plano concreto de segurança, com inteligência, aliado a políticas públicas sociais e educacionais. O resultado é desastroso. Pior para Pachá, que se tivesse sido candidato a deputado, provavelmente também teria sido eleito. Agora foi exonerado, como se a responsabilidade fosse apenas e tão somente dele. E não é.

Pachá é homem de ação. É operacional e não um burocrata.

Segurança pública envolve planejamento e atuação conjunta de vários órgãos como, Ação Social, esportes, Sejus, educação e polícia. Nada disso foi feito.

Demitir o secretário não vai resolver o problema. A atuação midiática de operações que estão em andamento desde o último sábado, não vão resolver o problema, apenas dar uma falsa sensação de segurança. Não é nenhuma novidade que as facções criminosas estão dominando várias regiões da cidade e o sistema prisional, com uma população carcerária cada vez maior, se transforma em mão de obra para o crime.

A manter essa visão curta de achar que tudo ‘se resolve na bala’, o estado não tem como vencer. Para contratar polícia é preciso concurso, treinamento e envolve despesas e orçamento. Já para a criminalidade se armar, bastam os CACs comprando armas indiscriminadamente e os delinquentes, cada mais jovens engrossando as fileiras do sistema penitenciário.