Caso Richthofen: entenda como funciona o regime aberto

Suzane von Richthofen deixou aos 39 anos a Penitenciária Feminina I de Tremembé, no interior de São Paulo, após o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) conceder a progressão para o regime aberto, nesta quarta-feira (11).
Entenda as regras que a condenada pela morte dos pais Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, em 2002, terá que seguir nessa fase final do cumprimento de pena.
Ao R7, o advogado criminalista Fernando Castelo Branco explicou que a sentenciada pode continuar trabalhando e estudando durante o dia como acontecia no regime semiaberto, que Suzane cumpria desde 2015.
Agora, a diferença é que, no período noturno, ela deve se recolher em sua residência ou em uma casa de albergado.
“As casas de albergado são estabelecimentos para pessoas que tem pouco potencial agressivo e estão em fase final de cumprimento de pena. Em razão do bom comportamento, não representam uma ameaça a sociedade. Existem cerca de 70 casas no Brasil, das quais apenas quatro são destinadas para mulheres”, afirma Castelo Branco.
Como o número de estabelecimentos prisionais destinados a mulheres em regime aberto é pequeno, para o advogado criminalista, provavelmente Suzane vai permanecer em prisão domiciliar.
Neste caso, ela deve seguir algumas regras determinadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, como:
- Se recolher das 22h às 5h;
- Não andar na companhia de pessoas que estejam cumprindo pena ou de adolescentes cumprindo medida socioeducativa;
- Nunca portar armas de fogo;
- Permanecer em casa aos feriados e domingos;
- Não usar bebidas alcoólicas ou substâncias ilícitas
- Não frequentar locais de prostituição, jogos ou bares.
Caso alguma condição do regime domiciliar seja descumprida, Suzane pode perder o benefício e retormar para o sistema prisional.