BOLSONARO E OS EX-PRESIDENTES

8 de outubro de 2020 322

Em nenhum eleição periódica  da (pseudo)democracia “à brasileira” das quais participei,consegui   ter a ventura de votar em algum candidato à presidente da república no qual eu realmente  depositasse  fé, ou confiança, de que de fato  esse  candidato seria bom para o país, embora o “dito-cujo” pudesse estar representando   ,na melhor das hipóteses, e para mim mesmo, quando muito , o “menor-pior”, dentro da relação de  candidatos escolhidos pelos partidos políticos numa democracia absolutamente degenerada, que dificilmente acolhe candidatos com o perfil que seria mais adequado à sociedade.                               

Nesse  sentido ,são extremamente “canalhas” os argumentos segundo os  quais muitos  justificam a plena validade dessa  (pseudo)democracia em face da opção de poder  votar “nulo”,ou “em branco”,e que esse simples detalhe  superaria qualquer eventual falha na “democracia” ,relativa à nominata dos candidatos escolhidos pelos partidos políticos e homologados pela Justiça Eleitoral.   Mas em todo o caso,  o  eleitor fica obrigado a comparecer às urnas ,quase sob “vara”, mesmo que ”a posteriori”, sofrendo  punição de  diversas  restrições aos seus  direitos se ousar infringir o “manual” da Justiça Eleitoral  ,que o obriga a comparecer às urnas.                                                                                                                      

Esse simples “detalhe” me faz recordar das  palavras  do “fuhrer” Adolf Hitler,escritas  na sua  “Mein Kampf”,escrita quando ele  estava preso,no momento em que o maior responsável pelo extermínio  de 6 milhões de judeus  garante  que na sua pátria de origem,a Áustria, “a pior escória da sociedade era levada  a fazer e viver da política”.                                                 

É por essa simples razão  que engana-se  quem pensa que o “ódio” manifesto  da classe política  de todo o mundo contra o “fuhrer” tenha origem nas atrocidades e genocídio que ele cometeu contra milhões de seres humano. Ao contrário, esse desprezo unânime dos políticos pela sua pessoa reside  na declarada aversão  que Hitler tinha por essa “categoria”..

“Ab initio”,impõe-se uma pergunta. E direta:será que a classe  política  brasileira dos anos  2020 teria as mesmas  (des)virtudes que os políticos que dominavam a Áustria durante a juventude de Hitler,na primeira metade do século passado ? E “igualmente” ,no Brasil  de hoje, como na Áustria de ontem, não estariam sendo atraídos a fazer a política a pior escória da sociedade? Escória retirada  do esgoto moral da sociedade para fazer política?

Certamente  não surge  de graça  a ideia que a cada dia mais cresce na opinião pública  de que a única atividade “profissional”  bem   remunerada  no Brasil que não depende de qualquer formação escolar ,estudos,capacitação, preparação,provas,exames ou ”vestibulares” ,e que para ser ocupada os únicos   requisitos exigidos  são os de  possuir  um título eleitoral ,conseguir indicação por algum partido político, concorrer ,e ser “eleito”,para algum mandato eletivo qualquer, nos Poderes Executivo ou Legislativo (vereador,deputado estadual ou federal,senador,prefeito,governador,ou presidente da república) ,corresponde exatamente aos chamados “políticos”, aquele conjunto de pessoas geralmente  sem qualquer qualificação    que  na maioria dos casos não serve para fazer absolutamente  mais  nada, além de “política”.

É por essa simples razão que a preparação  exigida para ser aprovado  em algum concurso público ,mesmo disputando os cargos mais modestos, e com baixa remuneração, invariavelmente  exigirá do candidato muito melhor preparação  e qualificação do que para ser  eleito e exercer  um mandato eletivo qualquer.                                                                                             

Portanto, a política sempre será o lugar mais confortável  para quem não serve para fazer mais nada, bem como o melhor abrigo para quem tem sérias deficiências morais ou de caráter. Muitos buscam a segurança dentro da política para cometerem impunemente os seus crimes. É por essa simples razão que a  Justiça dificilmente  consegue ,ou “se  dispõe”,a punir políticos que cometem crimes. E se é verdade ,como diz  o povo, que a Justiça deixa muito a desejar em relação à condenação e punição dos “ricos”,ou seja,que ela só pune pobre,  muito mais essa verdade se aplica em relação à punição de políticos, principalmente à vista das leis “defensivas” que eles próprios aprovam ,“em causa própria”.”Plagiando”a bíblia:”seria mais difícil manter um político preso do que passar um camelo pelo buraco de uma agulha” ? Lula da Silva ,talvez o próximo Presidente, que o diga !!!!

Os perigos decorrentes de uma democracia deturpada foram apontados por  diversos pensadores de “escol”. Nelson Rodrigies,por exemplo,afirmou que “a maior desgraça da democracia  é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”.Segundo Joseph-Marie de Maistre,filósofo francês,”cada povo tem o governo que merece”.

No caso do Brasil, poderia  ser considerada saudável uma democracia que optou pela própria desgraça,escolhendo  “um”Jânio Quadros,ou José Sarney (eleito indiretamente pelo Congresso),Collor de Mello/Itamar Franco,Fernando H.Cardoso,Lula da Silva,Dilma Rousseff/José Temer? E como se enquadraria o caso do Presidente Jair Bolsonaro ,comandante do país desde 1º de janeiro de 2019 ?

Apesar de todos os embaraços encontrados  para governar, provocados pelo aparelhamento do Estado, e das leis deixadas pela esquerda enquanto governou,de 1985 a  2018,pelo Congresso Nacional, e pelo Supremo Tribunal Federal - internamente subjugados pelo “mecanismo” (“establishment”)e, em termos globais ,pela  NOVA ORDEM MUNDIAL,o Governo Bolsonaro tem se saído muito melhor que os anteriormente citados, apesar dos seus “pecados”,não propriamente  pelo que fez ,e mais pelo que “não fez”,”aprisionado” pelo aparelhamento do Estado deixado pela esquerda, sem tomar as medidas que seriam requeridas,inclusive plenamente CONSTITUCIONAIS,que lhe proporcionariam  boa e segura  governança.

Mas o excesso de confiança que Bolsonaro tem na sua reeleição,e da mídia que o apoia,em outubro de 2022,corre o risco de frustração por um eleitorado volúvel e  instável , que tanto pode eleger  um “Bolsonaro”, quanto um “Jânio”,um ”FHC”,um Lula, uma Dilma/Temer,ou um outro “merda” qualquer !!!

E ninguém tem mais poderes para reverter todo esse boicote e sabotagem política feita contra o Governo Bolsonaro, ameaçando a sua reeleição, do que o próprio “ameaçado”, que acumula com a presidência da república o cargo de Chefe Supremo das Forças Armadas,segundo a Constituição,bastando para isso acionar o  seu artigo 142, fazendo todas as reformas necessárias, com afastamento imediato de todos os obstáculos, (des)aparelhando o Estado. E uma única virtude seria necessária ao Presidente  para salvar o Brasil das mãos políticas delinquentes que o dominam: coragem !!!

Sérgio Alves de Oliveira

Advogado e Sociólogo

O CONTRAPONTO

Sérgio Alves de Oliveira