Bolsonaristas ignoram filho do ex-presidente e trocam Nunes por Marçal

2 de outubro de 2024 80

Foto: Reprodução/CNN

Vários políticos aliados de Jair Bolsonaro ignoraram a campanha de Ricardo Nunes (MDB) para manifestar apoio ao ex-coach Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Segundo a Folha, a lista – que já contava com nomes como Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Zé Trovão (PL-SC) – amentou com a adesão de Marco Feliciano (PL-SP). Outros deputados federais com forte presença nas redes sociais devem seguir o mesmo caminho, a se depender dos rumos das últimas pesquisas que serão divulgadas até domingo.

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Esses deputados argumentam que se sentiram cobrados por seus eleitores nas redes sociais a abandonar o barco de Nunes.

Os bolsonaristas ignoraram, inclusive, a decisão de Eduardo Bolsonaro de manter-se firme como um dos fiadores da campanha de Nunes. Eduardo tentou mostrar a seus seguidores que Nunes era uma opção mais viável que Marçal nas redes sociais para enfrentar Guilherme Boulos (PSOL), mas não obteve sucesso.

Para tentar conter a crítica dos seguidores, o PL indicou o vice de Nunes, coronel Mello Araújo, mas nem isso deixou a candidatura do emedebista palatável ao paladar do eleitor bolsonarista, que viu em Marçal um autêntico representante dos valores do antigo Jair Bolsonaro.

O PL é o principal doador da campanha do prefeito com um aporte de 17 milhões. Mas o presidente da República, em si, não fez campanha com o prefeito emedebista e disse que iria fazê-lo apenas em ‘momento específico’. Em outras capitais, como Goiânia, por exemplo, Bolsonaro subiu no palanque de personagens menos expressivos, embora mais alinhados ao bolsonarismo.

Nunes, Marçal e Boulos em empate técnico, segundo Quaest

Nunes, Boulos e Marçal seguem em empate técnico na eleição à Prefeitura de São Paulo, a menos de uma semana do pleito, segundo pesquisa Quaest divulgada na noite desta segunda, 30 de setembro.

O estudo aponta Nunes com 24% das intenções de voto. Boulos tem 23% e Marçal, 21%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa anterior, publicada na semana passada, o prefeito tinha 25%, o deputado federal, 23%, e o ex-coach, 20%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e ouviu 1.800 pessoas de 27 a 29 de setembro.

 

Fonte: Redação O Antagonista