Astronautas terráqueos + Terras caídas + Sem revanche + Eleição morna
Astronautas terráqueos
Chama atenção a pandemia obrigar o uso de trajes similares aos dos astronautas em missões espaciais. Se a vacina definitiva não chegar, é provável que “astronautas” de terra firme se multipliquem nas ruas. Aliás, com a corrida no espaço contida, o interesse da Nasa se deslocou para o drama ambiental. Há pouco, a agência espacial estadunidense alertou que a onda de queimadas na Amazônia neste ano tende a piorar com o aumento das temperaturas no Atlântico Norte. É um claro ato de pressão.
Com o governo brasileiro pressionado, a fervura mundial aumenta justo em um momento delicado. O presidente Jair Bolsonaro, acometido pela Covid-19, mantém suas funções à distância, como em um bunker de guerra, enquanto o vice-presidente, Hamilton Mourão, é cobrado por diversos atores pelos erros que o Brasil acumulou na questão ambiental.
A pressão dos ambientalistas era desdenhada como falação de “gafanhotos verdes”, mas os investidores externos e o agronegócio mais moderno também não aceitam os efeitos da má imagem do Brasil no exterior, piorada pelas trapalhadas do Itamaraty. Não há como chamar a informadíssima Nasa de “gafanhoto” nem cola mais desqualificar as preocupações ambientais e sanitárias como exageros de desinformados ou inimigos do Brasil. Correta, portanto, a suspensão das queimadas pelo prazo de 120 dias. É ação e não falação.
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Terras caídas
Pelo menos em Rondônia constatou-se uma redução nos efeitos do fenômeno das terras caídas tão comuns em estados da região como Pará e Amazonas. O incidente ocorre quando a água atua as margens dos rios causando erosão e abrindo cavernas subterrâneas até que uma ruptura provoque a queda do terreno que é tragado pelas águas. Em anos anteriores grandes pátios de empresas desbarrancaram em Porto Velho levando caminhões e máquinas rio abaixo.
As articulações
Depois do encerramento das rusgas e ataques das milícias virtuais bolsonaristas ao presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM) o parlamentar carioca entra em campanha para se reeleger com apoio de parte do “centrão”, coalizão de partidos de sustentação do Palácio do Planalto. No Senado, o atual presidente David Alcolumbre também se articula para mais um mandato e por conta disto se aproxima do presidente Bolsonaro.
Desempenho
O governador acreano Gladson Cameli conseguiu até agora o melhor resultado no combate ao coronavirus na região amazônica, reduzindo drasticamente os casos depois de um rigoroso bloqueio. O número de mortos voltou a aumentar, mas comparado a outros governadores do Norte, acusados de superfaturamento na compra de equipamentos e na aquisição de hospitais de campanha, Camelli também se saiu melhor. Os mandatários do Amazonas e do Pará foram os piores.
Sem revanche
A esperada revanche na eleição de 15 de novembro entre o deputado federal Leo Moraes (Podemos) com o prefeito Hildon Chaves (PSDB) está cada vez mais difícil de acontecer em Porto Velho. Estamos caminhando para o final de julho e as forças políticas ligadas aos dois candidatos seguem desmobilizadas. Mauro Nazif (PSB) que poderia buscar uma desforra contra os dois adversários também se faz de gato morto.
Eleição morna
O pleito 2020 não está despertando atenção de ninguém e temos uma pré-campanha morna nos principais municípios do estado. Alguns casos motivam o desanimo: a pandemia do coronavírus crescendo no estado, beirando os 30 mil casos, a decepção com a classe política que em plena tragédia da doença aproveitou para superfaturar a compra de remédios e equipamentos. A classe política se superou. Coisa de louco!
Via Direta
*** Aumentam as candidaturas femininas as prefeituras nesta temporada nas capitais. Em Porto Velho o poder feminino terá a vereadora Cristiane Lopes (PP), mas existem outros nomes cogitados na praça *** Também se destaca a tendência de postulações de militares também em partidos da esquerda, algo raro em pleitos passados onde o ninho os militares eram os partidos conservadores *** O ativista cultural Carlinhos Maracanã disputa mais uma vez cadeira da Câmara de Vereadores de Porto Velho *** O segmento precisa de mais representatividade nos parlamentos estaduais e municipais *** Recicladores e catadores de latinhas também terão seu postulante a vereança na capital: Carlos Gordurinha, com base na região do Lagoinha.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br