Assunto do dia foi, quem pagou o reveillon de Marcos Rocha e convidados?
E ainda, prefeito Hildon Chaves (finalmente) acaba com a folia e nega recursos públicos aos blocos de Porto Velho
Acabou a folia
O prefeito de Porto Velho, tardiamente diga-se de passagem – resolveu que não vai repassar recursos para blocos e escolas de samba da capital no carnaval 2019. Hildon Chaves tomou a decisão após ouvir representantes dos segmentos de comércio, hotelaria, bares e restaurantes, que sempre acumulam os prejuízos causados pelo “desfile” dos tais blocos de rua. Esses blocos, que tem o ano inteiro para arrecadar dinheiro através de ações que poderiam ser desenvolvidas neste sentido, ficam esperando o fim do ano para pressionar o prefeito de plantão e pegar uma grana como “patrocínio cultural”. A decisão de Hildon, mesmo que tenha sido tomada debaixo da grita geral do comércio, é digna de ser elogiada. Já foi o tempo de ficar bancando folia com recursos públicos.
O maior problema
É que os blocos não tem controle sobre os foliões, sem contar que as ruas precisam ser fechadas. Bares, restaurantes, hotéis e pontos comerciais também fecham em função disso. Em tempos de crise, não dá para perder dois dias com portas cerradas para que pessoas brinquem carnaval. Os blocos precisam encontrar um espaço adequado para os desfiles, como já acontece em praticamente todas as capitais que não vivem de carnaval. Sem contar, é claro, que esses blocos ainda querem dinheiro do erário para bancar a festa.
Novo presidente
Assumiu a presidência da Câmara de Vereadores de Porto Velho, Edwilson Negreiros, que tem perfil conciliador e não deve promover mudanças na relação com a prefeitura. Negreiros sabe navegar em águas turbulentas, é bom de conversa e tem planos de ampliar a participação da comunidade junto ao parlamento municipal. Ele assumiu no lugar de Maurício Carvalho. A Câmara elegeu os presidentes do primeiro e segundo biênio na primeira sessão legislativa, em 2017, quando os vereadores assumiram.
Onde está Wally?
Nesta sexta-feira um assunto dominou as rodas de conversa no cenário político estadual, afinal, quem pagou o jantar de reveillon do governador Marcos Rocha no Palácio Rio Madeira quando ele ainda não tinha assumido o cargo, conforme revelado na última coluna?. Não foi um evento oficial, portanto não tem justificativa para a despesa. Daniel Pereira garantiu que os recursos não foram do governo. O evento foi para 60 convidados. Não se sabe quanto custou, nem quem pagou. Lembrando que quando se trata de serviço público, não existe “cortesia”. Se foi ele, parabéns, mas é pouco provável, afinal, ele e esposa receberam diárias para viajar à Brasília e assistir a posse de Bolsonaro.
Não dá legalidade
O governador Marcos Rocha nomeou sua esposa, Luana com data retroativa a 1 de janeiro, para tentar dar legalidade ao recebimento de diárias antecipadas pagas a ela pela IDARON, assim como as passagens aéreas. Mas não é assim que funciona. E tem mais um agravante, a nomeação e posse da primeira dama é passível de contestação judicial. Rocha usou a mesma estratégia adotada pelo PT no caso da indicação de Lula para a Casa Civil de Dilma, o de garantir foro. Como secretária, ela sai das mãos da primeira instância. Caso alguém (como o MP, por exemplo) ingresse com uma Ação Civil Pública por improbidade, o caso será analisado pelo TJ, e não pelo juiz de primeiro grau. E devolver o dinheiro ajuda, mas não exime a responsabilidade sobre o que já aconteceu.
E tem mais um agravante
O então presidente da IDARON, Anselmo de Jesus não poderia ter autorizado o pagamento nem as passagens. E essa decisão não passou pelo gabinete de Daniel Pereira, foi tratada pelo segundo escalão e a equipe de transição. Como eu disse na coluna anterior, são esses pequenos episódios que demonstram a contradição entre o discurso e a prática. E nem adianta assinar decreto com caneta Bic.
Deu ruim
Pegou muito mal para o governador Marcos Rocha ter nomeado Júnior Gonçalves e seu irmão, Sérgio Gonçalves em cargos estratégicos. A tal “lei antinepotismo” que só existe para inglês ver, não impede essas nomeações, o problema é que o principal empreendimento da família está em recuperação judicial devido a uma gestão desastrosa. E para contrapor qualquer argumento de que “foi a crise”, o outro Gonçalves, dono de um empreendimento do mesmo ramo, vai muito bem, obrigado.
Médicos britânicos testam ‘bafômetro’ que pode detectar câncer
Médicos britânicos começaram testes clínicos para testar se uma espécie de “bafômetro” é capaz de detectar a ocorrência de câncer. O objetivo dos pesquisadores é saber se os diferentes tipos de câncer que afetam o corpo humano deixam algum tipo de rastro químico que possa ser detectado na respiração humana. A equipe do instituto Cancer Research UK, da Universidade de Cambridge, vai coletar amostras de respiração de 1.500 pessoas – algumas delas já diagnosticadas com câncer. Se a tecnologia se mostrar eficaz, poderá ser usada por clínicos gerais para saber se há necessidade de estudos mais aprofundados. Os testes do “bafômetro” poderiam ser usados em conjunto com outros, como os de urina e de sangue, para ajudar os médicos a detectar o câncer ainda nas fases iniciais, disseram os pesquisadores. Os resultados desses primeiros testes com o “bafômetro”, porém, só estarão disponíveis daqui a dois anos. Clínicos gerais ouvidos pela reportagem se mostraram entusiasmados com a pesquisa, mas disseram ser improvável que o “bafômetro” se torne um instrumento disseminado para combater o câncer tão cedo.
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PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)
Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .