Ariquemes, dura realidade, Parlamento Municipal é igual ao Congresso

6 de fevereiro de 2018 928

A atividade parlamentar tem momentos que se depara com grandes questões, que vão impactar na economia nacional, local e na atividade diária das pessoas e do país, presentes e futuras. 

O que se espera do parlamentar é que analise, busque informações, opte pelo bem comum, decida e vote. Mas o que acontece com a reforma da previdência com a pressão de alguns setores da sociedade, principalmente do funcionalismo público, a causa maior do rombo da previdência, estes pressionam suas organizações representativas, usam o contribuinte do setor privado, dizendo que este será prejudicado e conseguem demover deputados da sua atribuição principal.

E aqui em Ariquemes, nas suas devidas proporções a coisa não é diferente. O relatório da CPI da Água já está pronto a meses e a mesa diretora da Câmara de Vereadores não submete à apreciação e aprovação dos parlamentares.

Conforme o relatório da CPI, o processo licitatório da concessão para operação do sistema de água e esgoto da cidade está cheio de irregularidades e ilegalidade, com fortes indícios de direcionamento do certame e prejuízos para a municipalidade e para o estado.

Segundo informações de uma pessoa próxima aos membros da CPI, após os vereadores macularem o objetivo e sentido da CPI, não submetendo o relatório ao plenário, o mesmo já foi encaminhado às autoridades legais, tais como Tribunal de Contas, Ministério Público e Polícia, estadual e federal.

A privatização do sistema de água e esgoto de Ariquemes foi iniciada o seu processo em 2011. No final de 2016, no mês de novembro, nos últimos dias de seu mandato, o então prefeito Lorival Amorim (PDT), assinou a outorga do sistema para o grupo Equipav/Aegea.

Em sua declaração na CPI o prefeito Lorival Amorim, declarou que o que fez foi dar prosseguimento ao processo iniciado pelo prefeito anterior, pois já tinha lei municipal nesse sentido. 

E aí se pode concluir que o prefeito ficou quatro anos no mandato, onde foram feitas várias denuncias de ilegalidades, diversas vezes o processo foi suspenso pelos órgãos de controle, e por causa de uma lei, que é de atribuição do executivo municipal, nada fez para revogar.