TANTAS O BOZO FEZ QUE O SEU DESCARTE SE TORNOU INEVITÁVEL. SERÁ ABRAÇADO COM O LULA QUE ELE MORRERÁ POLITICAMENTE?
A pá de cal na sepultura política de Jair Bolsonaro será esta confirmação, acima de qualquer dúvida e não deixando nenhuma brecha para o vitimismo habitual, de que ele montou uma espionagem privada a serviço do seu clã, dentro do Estado e bancada pelos contribuintes.
As investigações da Polícia Federal estão sendo impecáveis e irrefutáveis, de forma que o processo decorrente inevitavelmente terminará com sua prisão e a de Carlos Bolsonaro, pelo menos.
O crime no qual as digitais do bando de trapalhões ficaram impressas com máxima clareza, espalhadas por todos os cantos, é tão grave que virá somar-se aos dois outros potencialmente mais danosos para o palhaço genocida em termos penais: as centenas de milhares de mortes decorrentes de sua sabotagem ao combate científico de uma pandemia letal e a tentativa de golpe de Estado em 08.01.2023.
E, como gato escaldado tem medo de água fria, até a corja do centrão tende a deixá-lo entregue à própria sorte, pois uma das coisas que ela mais teme é esse tipo de arapongagem ampla, geral e irrestrita, que pode colocar na mão do mandatário de ocasião trunfos devastadores para impor sua vontade a parlamentares que têm esqueletos no armário (e pouquíssimos deles não os possuem).
Bolsonaro fora, um grande prejudicado será o Lula, cujo governo está perdido no espaço, cedendo a todas as chantagens dos parlamentares fisiológicos e tentando ressuscitar políticas econômicas cujo prazo de validade expirou várias décadas atrás.
Ele deixará de ser tolerado a contragosto pelos que temem a volta de um presidente que foi pior ainda e, se não conseguir fazer o PIB crescer significativamente, ao mesmo tempo impedindo que os poderosos fiquem com a parte do leão como sempre, terá muita dificuldade para terminar o seu mandato.
Quanto à esquerda complacente, faço-lhe um alerta: se ela continuar servilmente a bordo da barca lulista, correrá sério risco de afundar com ela.
Está mais do que na hora de resgatar a combatividade perdida e a identidade histórica de combatente do capitalismo, ao invés de se sujeitar ao melancólico papel de força auxiliar da dominação burguesa, deixando-se cooptar por migalhas de poder. (por Celso Lungaretti)
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