SEMANA DE ARTE DE 1922 : “UMA SEMANA QUE PERDURA ATÉ OS DIAS DE HOJE...”
Era ainda Fevereiro de 1922, prenúncio inicial do Século XX, passados já mais de cem anos da Independência do Brasil, tal qual, ainda hoje, prestes a comemorar duzentos anos, em que os ditames culturais, traços arquitetônicos, arte , antropologia e musica advinham da Europa, majoritariamente franceses, muito embora, como Nação, politicamente independentes, consumíamos tudo do externo, quando, alguns intelectuais promoveram, via o quebra-quebra da Semana de Arte Moderna, a ruptura com o Sistema.
No contexto externo, em termos de Mundo, acabávamos recentemente de sair da Primeira Guerra Mundial, vivíamos, ainda no Brasil, a Política do Café-com-leite, em que, numa pratica Não-republicana, parece-nos, em certos aspectos, até hoje em dia em voga, vivenciada em Brasília/DF, em que, revessavam-se no Poder SP/MG, quando, houve o levante do Forte de Copacabana, no movimento que ficou conhecido como Tenentismo, o advento da Coluna Prestes, a fundação do Partido Comunista brasileiro, os quais, culminariam na Revolução de 30 e no Governo Nacionalista de Getúlio Vargas, deposto 15 anos depois...
Os movimentos culturais clássicos, de até então, Parnasianismo, Barroco, Neoclássico, já estavam exauridos, o Romancismo, por seu turno, na nossa versão Tupiniquim, abrasileirou os tradicionais Cavaleiros Medievais, e Layds Europeias, construindo aqui heróis novos, brasileiros, como Iracema, Pitu ou o Guarani, trocando os Castelos, como pano de fundo, pela Natureza Tropical e Ocas brasileiras, quando Oswald de Andrade, Mario de Andrade, dentre outros, na Literatura, demoliram a estrutura arcaica da Academia Brasileira de Letras (Graça Aranha teria dito, quanto ao Modernismo: "Se a Academia se desvia desse movimento regenerador, se a Academia não se renova, morra a Academia!"), o mesmo fazendo, no âmbito das artes, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral (Uirapuru, Pintura de Tarsila do Amaral rompeu com os traços da Antropologia brasileira, exibindo um corpo desproporcional com a cabeça pequena e um cactos de fundo, quebrando os padrões da beleza europeia), lançando as bases de um Brasil moderno, ao que nos parece, cem anos depois, agora esquecido...
Ah, 1922, se eu pudesse voltar no tempo, gritaria, vislumbrando os Duzentos Anos da Independência de 1822, novamente:
“Independência, ou Morte !!”
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O GRITO DO CIDADÃO (ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO)
ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO, MEMBRO DA IWA – INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION É ADVOGADO MILITANTE E COLABORADOR DO SITE QUENOTÍCIAS, É ASSESSOR JURÍDICO DA ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA, QUE ORA ESCREVE NA QUALIDADE DE EDITOR DO PERIÓDICO ELETRÔNICO “ JORNAL GRITO CIDADÃO”, SENDO A ATUAL CRÔNICA SUA MERA OPINIÃO PESSOAL, NÃO SIGNIFICANDO NECESSARIAMENTE A POSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, NEM DO ADVOGADO.