Segredo de Collor escondido a sete chaves no STF movimenta a PF

6 de janeiro de 2018 489

A presidente do Supremo se manifestou a respeito de um pedido de investigadores da Polícia Federal.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, resolveu acatar um pedido da Polícia Federal a respeito de uma investigação misteriosa que acontece em total sigilo envolvendo o senador Fernando Collor de Melo (PTC-AL). O inquérito envolvendo o ex-presidente foi instaurado em abril de 2017 e agora a PF pede mais tempo para as Investigações.

Cármen Lúcia concedeu um prazo maior para o trabalho da Polícia Federal. Collor é investigado no âmbito da Operação Lava Jato. O político é acusado de crimes de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A ministra estendeu o prazo nessa terça-feira, 2 de janeiro.

 

Conforme o andamento da Lava Jato, as delações premiadas de executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht deram base para 97 inquéritos no Supremo, todos aprovados pelo relator dos processos da Lava Jato no STF, Edson Fachin.

Mistério em torno de Collor
Há apenas a informação de que, no dia 14 de novembro passado, Cármen Lúcia aceitou o pedido da PF para dar andamento no processo. No entanto, não há mais nada relacionado sobre Collor disponível. Também não é especificado o porquê do caso estar sob sigilo na Justiça.

O ministro Luiz Fux chegou a pedir uma opinião sobre o caso de Collor para a Procuradoria-Geral da República. A resposta chegou tardiamente, poucos dias antes de se iniciar o recesso do Supremo, em 19 de dezembro. Também não há informações sobre qual a opinião dada pela Procuradoria, mas foi a partir daí que Cármen Lúcia estendeu o prazo das investigações da Polícia Federal.

 

Nas eleições presidenciais de 2018, Fernando Collor poderá ser um futuro candidato, mas a Operação Lava Jato poderia prejudicá-lo. A Procuradoria já acusou o senador de receber cerca de R$ 29 milhões em propina por conta de sua influência política na Petrobras.

Mais investigações
Além do processo de Fernando Collor, o deputado Ronaldo Carletto (PP-BA) estaria trazendo grande movimentação na Suprema Corte devido ao processo que responde. Ele é investigado por crimes no sistema financeiro. O inquérito chegou em junho de 2015.

 

A PF fez o mesmo pedido para o Supremo em agosto de 2017. O objetivo era a prorrogação das investigações. Cerca de 20 dias depois, o ministro Fux pediu vista à Procuradoria. Assim como o caso de Collor, a Procuradoria, depois de um longo prazo, afirmou ser necessária a prorrogação das investigações. Não se sabe o motivo pelo qual a PGR demorar tanto tempo para dar as respostas.