Rondônia é destaque nacional com dois prêmios de teatro

5 de setembro de 2018 592

Tendo o jornalista e Edson Lustosa como vencedor na categoria teatro adulto e o professor universitário Adailtom Teixeira na categoria teatro infanto-juvenil, Porto Velho é a única cidade a figurar duas vezes na lista de ganhadores do Prêmio Funarte de Dramaturgia de 2018. O anúncio oficial do resultado foi publicado nessa segunda-feira (03/09) pelo presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o ator Stepan Nercessian. O texto premiado de Edson Lustosa é Mestre Luz. Adailtom Teixeira, chefe do Departamento de Artes (Teatro) da Universidade Federal de Rondônia, é autor do texto Pedro. Como vencedores da Região Norte, ambos figuram na lista dos dez contemplados com premiação pela Funarte. Estreante em dramaturgia, Edson Lustosa já conquistou premiações em outras áreas. Em 2001 venceu o concurso de monografias jurídicas promovido pela Pace University, de Nova Iorque (EUA), e o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, com o trabalho “A importância ética da participação popular na gestão ambiental para a concreta supremacia do direito difuso à qualidade de vida sobre os direitos individuais”. Já em 2002, venceu o concurso de monografias promovido pela Arquidiocese de Porto Velho em comemoração ao centenário de nascimento de Dom João Batista Costa, primeiro bispo diocesano e arcebispo de Porto Velho. O texto vencedor foi “Breves reflexões sobre a vida e a obra de Dom João Batista Costa”. “Resolvi me experimentar na dramaturgia porque o teatro sempre foi algo que me fascinou”, afirma o autor de Mestre Luz. Para Edson Lustosa, “é muito gratificante ver Porto Velho sendo a única cidade do país a receber dois prêmios, especialmente quando tão pouca atenção é dada ao teatro pelas autoridades de Porto Velho e de Rondônia. Em seu estilo direto, Lustosa afirma que “a prova disso é que já recebi mensagens de cumprimentos de vários lugares do país enquanto aqui os gestores se comportam de forma completamente alheia ao que essas conquistas, não tanto a minha, mas especialmente do professor Adailtom Teixeira, que tem por ofício formar profissionais de teatro, representam para nossa cultura”. Sobre a possibilidade de que a peça Mestre Luz venha a ser encenada, Lustosa diz que, assim que saiu o resultado, lhe solicitaram o texto por e-mail e em seguida lhe foi manifestada tal intenção por um produtor teatral carioca. Mas diz que prefere aguardar para que a ideia amadureça: “Não conheço muito de produção de teatro, então estou recorrendo a um amigo meu, no Rio de Janeiro, que é formado em artes cênicas, que me assessore nessa questão”.