Rio ultrapassa mil casos confirmados de coronavírus e mortes chegam a 47

3 de abril de 2020 274

RIO — O estado do Rio de Janeiro teve mais seis mortes confirmadas por coronavírus nesta sexta-feira, totalizando 47 óbitos. Os dados foram divulgados nesta tarde pela secretaria estadual de saúde. O número total de casos confirmados também subiu e ultrapassou a barreira dos mil casos, tendo 1074 pacientes diagnosticados.

Dos seis óbitos, cinco foram na capital e um em São João de Meriti, de um homem de 44 anos. Foi a primeira morte confirmada na cidade da Baixada, desde o começo da pandemia no estado. As cidades com registros de óbito são:

  • Rio de Janeiro – 36
  • Volta Redonda – 2
  • Arraial do Cabo – 1
  • Belford Roxo – 1
  • Miguel Pereira – 1
  • Niterói – 1
  • Petrópolis - 1
  • Rio Bonito – 1
  • Rio das Ostras – 1
  • São Gonçalo – 1
  • São João de Meriti – 1

A capital á a cidade com maior número de casos, seguida por Niterói e Volta Redonda:

  • Rio de Janeiro – 867
  • Niterói – 65
  • Volta Redonda – 44
  • Petrópolis – 13
  • Nova Iguaçu – 11

Número de casos de coronavírus do Rio pode ser dez vezes maior, diz secretário estadual de Saúde

secretário estadual de SaúdeEdmar Santos, disse, nesta sexta-feira, em entrevista ao "RJTV" que o Rio tem cerca de dez mil casos subnotificados de coronavírus. Hoje, o número confirmado de pessoas que têm a Covid-19 é de 992. Edmar disse ainda que desses casos subnotificados entre 60% e 70% são assintomáticos. Ainda assim, ele estima uma estabilização no cenário em 15 dias. O secretário também informou que a testagem em massa começa na semana que vem e deu um novo número para as mortes suspeitas que estão sendo investigadas: 65.

– Provavelmente deve ter dez vezes mais casos do que a gente está vendo – admtiu ele, adiantando que a subnotificação não impacta o número de mortes registradas: – Mortos e casos graves a gente tem monitorado de perto.

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Ele acredita que esse problema da subnotificação comece a ser resolvido com a testagem em massa, que começa na semana que vem – o dia será definido por Edmar na terça-feira. A partir da testagem, será feito o georreferenciamento dos casos de pessoas que têm o vírus.

Com relação à curva de crescimento da doença, o secretário disse que ela deve estagnar em duas semanas:

– Daqui a 15 dias a gente deve ter a horizontalização da curva. Isso só é possível com isolamento social, lembrando que a capital é onde tem 80% dos casos e só fez o isolamento há uma semana. Precisamos de 15 dias (de isolamento) para ver o achatamento da curva.

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Isolamento social e reabertura do comércio

Sobre o isolamento social, o secretário preferiu não dar um prazo para que ele termine.

– Seria leviano da minha parte falar. A testagem em larga escala e o inquérito epidemiológico vão nos dar informações importantes para isso. Temos essas duas semanas, vamos ter como falar a partir daí. Mas, minimamente, a maioria dos países tem visto que menos de 2 meses (de quarentena) não dá para fazer – destacou.