Réplica

Com referência ao meu artigo sobre Religião e Ciência, é inacreditável que o pastor evangélico Paulo Cristiano da Silva (Diário, 23/10) tente justificar a condenação à morte na fogueira do frade Giordano Bruno por ser "um filósofo e teólogo medíocre", acusado de heresia. Por isso a igreja de Roma devia se arrogar o direito de queimá-lo vivo? Onde está o amor pregado por Jesus Cristo e a liberdade de expressão consagrada em todas as Constituições de povos civilizados? Como tentei explicar, Religião e Ciência são postulados incompatíveis entre si, pois a primeira se fundamenta apenas na fé, na crença na palavra de uma pessoa considerada inspirada por algum Espírito sobrenatural, enquanto a segunda exige observação e comprovação, fatos e razões. O Sr. Paulo  confunde fantasia com realidade, profetas com cientistas. Se, conforme ele afirma, a religião acompanha os avanços da ciência, cadê sua verdade divina e eterna?  Em algum momento, Deus se enganou? Para uma vida social harmoniosa, fundamental é que as instituições laicas não sejam regidas por princípios de nenhuma religião, os crentes respeitando os ateus e vice-versa . Conforme a tradição cristã, faço-lhe votos de felizes festas natalinas e ótimo Ano Novo!