Rachadinha, paixão e traição: a peça mais suja do teatro político de Ariquemes

6 de junho de 2025 186

Dizem que em Ariquemes a política já teve dias de glória. Mas nos últimos tempos, o que se vê é uma mistura de drama, escândalo e comédia pastelão. E como boa observadora dos bastidores, Matilde não resistiu ao enredo que chegou aos seus ouvidos na feira, no grupo da igreja e até no salão da Marlene.

A história é sinistra — e tem todos os ingredientes que Matilde despreza: mentira, hipocrisia e abuso de poder.

Um vereador, eleito com a promessa de não usar diárias nem regalias, resolveu passear por Brasília e voltou com R$ 10 mil a mais no bolso. Claro, tudo pago com dinheiro público, o mesmo que ele jurou não tocar.
— Onde há fumaça… — murmurou Matilde. — Tem diária queimada.

Mas o que parecia só mais uma contradição, virou uma novela completa quando surgiram os bastidores do gabinete. O vereador, antes assessor de um político conhecido como Camelo, aprendeu direitinho as artimanhas do ofício. Inclusive as que envolvem rachadinha, segundo contam nos corredores.

E mais: segundo as más — ou boas — línguas, o chefe de gabinete não era só chefe. Era namorado do vereador. Um enlace afetivo e político que, enquanto durou, manteve tudo sob controle. Só que o amor acabou. E com ele, a blindagem também.

Expulso do gabinete e enviado à Secretaria de Agricultura, o tal ex-namorado não se adaptou entre enxadas e tratores. Quis voltar. Não foi aceito. Resultado: coração partido, orgulho ferido e uma pasta cheia de comprovantes, extratos, cópias e vídeos que podem fazer muito barulho.

Foi aí que ele procurou uma suplente, apelidada nos bastidores como a “beiçuda da plástica de 40 mil” — cirurgia que, dizem, tem origem duvidosa. O acordo?
Ele entrega o dossiê. Ela assume o mandato. E o nomeia chefe de gabinete.

Parece ficção? Pois Matilde garante que, em Ariquemes, é só mais um dia comum.

Ah, e tem mais. A esposa do vereador, ao descobrir o que estava acontecendo (a rachadinha, a traição e a suposta “viadagem”), foi tirar satisfação. Saiu falando alto. Dizem que levou empurrão, esbarrão, grito — o suficiente para o boato de violência doméstica se espalhar.

Enquanto isso, Camelo, o ex-mentor do vereador, assiste tudo com aquele sorrisinho de quem vê o pupilo tropeçar na própria arrogância.
— Ensinou o jogo… e foi traído no final.

Já a tal “beiçuda” que sonha com a vaga, se meter o pé errado, corre o risco de ser pururucada politicamente — nas palavras exatas da turma do cafezinho.

E Matilde? Observa, anota e resume:

— Essa Câmara virou novela. Só que, em vez de final feliz, tem chantagem, tapa, print, denúncia e plástica paga sabe-se lá como. E o povo? Continua esperando um vereador que trabalhe de verdade, não que encene.

Fonte: AOR OLIVEIRA
O QUE DA NOTICIA (AOR OLIVEIRA)