Quem grita mais? + Jogo de empurra + Encolhimento de muitos municípios rondonienses
Quem grita mais?
Com a ruidosa fervura do Sínodo da Amazônia, pareceu que a região continuaria mantendo a hegemonia mundial na agenda dos desastres. Há pelo menos um ano o mundo está com a respiração suspensa à espera que o Sínodo fosse uma espécie de Ilha de Patmos, local onde São João anunciou o fim do mundo.
Com exceção das escaramuças causadas pelos moleques de sempre, o conclave sobre a Amazônia no Vaticano transcorreu sem fogo caindo do céu nem anjos tocando trombetas. Como que para distrair as atenções do Vaticano, eis que misteriosas manchas de óleo começaram a poluir as belas praias do Nordeste, assustando turistas e causando danos ainda incalculáveis ao meio ambiente e às comunidades estruturadas no turismo. E, obviamente, capturando as atenções da mídia.
Não se sabe de onde vieram, embora muitos apontem o dedo acusador para a Venezuela, venusianos ou improváveis restos da II Guerra. Como dizia o delegado de Casablanca, “prendam os suspeitos de sempre”. Agora que a revista Current Biology publicou estudo ornitológico mostrando a amazônica araponga-branca como o pássaro mais barulhento do mundo, as ruidosas notícias recolocando a floresta no centro das preocupações já voltam, começando com o boto ameaçado pelo mercúrio.
Os “venusianos” terão que derramar muita sujeira nas praias para competir com as desgraças de sempre.
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Terras caídas
Alvo do fenomeno das terras caídas, com a via já rachada indicando novos desbarrancamentos no Rio Madeira, a recuperação da Estrada do Belmont segue vitima de um jogo de empurra entre a prefeitrua de Porto Velho e o DER estadual. No entanto, mesmo necessitando de reparos com urgência para que os caminhões e veiculos que trafegam na estrada não desabem, nenhuma medida efetiva foi tomada. Até quando?
Jogo de empurra
No jogo de empurra praticado por prefeitos e governadores – a coisa vem de longe – é a população que se lasca. A mesma prática também tem sido adotada por seguidas administrações estaduais e a Prefeitura de Porto Velho quanto à construção da nova rodoviária da capital, um cartão de visitas às avessas destas bandas. Que tal Marcos Rocha e o prefeito Hildon Chaves se unirem em torno destas causas ao invés de fazerem que nada tenham com isto?
O encolhimento
De passagem por Porto Velho na quarta-feira, o ex-deputado estadual Airton Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) lamentou o encolhimento de muitos municípios rondonienses nos últimos anos, como foi constatado pelo IBGE nos últimos censos. O ciclo da madeira em muitas cidades já terminou e a falta de alternativas economicas têm reduzido às populações. Ele adverte até para o surgimento de cidades fantasmas se alguma coisa não for feita.
Epidemia de dengue
Em algumas regiões do País os casos da dengue cresceram assustadoramente, como ocorre no Paraná. Com o mosquito adaptado ao clima mais frio, ano a ano os casos estão se multiplicando. Em Rondônia nos últimos anos a doença esteve sob controle, não se sabe como será nesta temporada, já que com o inicio das chuvas os carapanãs e anofelinos já estão atormenando a vida dos rondonienses de Praia do Tamanduá a Chê Guevara.
A preocupação
Aumenta a preocupação dos pais dos academicos brasileiros que estudam em Santa Cruz de La Sierra, Cochabamba e outros centros universitários bolivianos. Os embates, por conta de possíveis fraudes nas eleições no vizinho País, entre os adeptos do presidente boliviano Evo Morales e a oposição tem recrudescido e cerca de 6 mil estudantes estão isolados e já com dificuldades de obter alimentação. Pior ainda é deixar o País, com as rodoviarias e aereportos fechados.
Via Direta
*** Dois amigos jornalistas estão lançando livros na aldeia: o romancista Nilton Salinas e o historiador Zé Luis Alves *** Salinas entrando nos meandros da ficção científica, Zé Luis resgatanto a trajetória politica de Getulio a JK e seus reflexos para a região *** Os comerciantes lojistas da capital tem a expectativa de um final de ano gordo *** Até as casas de materiais de construção aumentaram as vendas nos últimos dias *** Típica na transição do verão para o inverno amazônico começam aumentar os casos de conjuntivite em Rondônia, especialmente na capital com manhãs amenas e tardes calorentas *** O caro leitor deve estar espantado com a epidemia de noiados (viciados em drogas) na capítal *** As cracolândias se espalham freneticamente pelo centro e pelos bairros *** As tragédias familiares se sucedem em consequencia *** O Consórcio Santo Antônio esta se fazendo de “gato morto” quanto à recuperação do enroncamento as margens do Rio Madeira no Complexo Madeira Mamoré *** E se seus engenheiros não sabem fazer nem enroncamento, como vamos ficar seguros com a barragem que eles fizeram né?
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br