Previdência

4 de fevereiro de 2019 414

Lembrei-me da reflexão de um filósofo alemão "Se a vida pode ser complicada, por que torná-la simples"?, ao ler a Página Aberta da Veja desta semana (30/01) "30 000 reais por segundo", de Pedro Fernando Nery, abordando as distorções normativas do atual sistema previdenciário, que consome mais de 60% da receita federal. O articulista pergunta por que o trabalhador urbano pode se aposentar antes do trabalhador rural, o militar antes do civil, o juiz antes de pedreiro, o político eleito antes de seu eleitor, a mulher antes do homem? Não seria mais fácil e justo, obedecendo ao princípio constitucional que reza sermos todos iguais perante a lei, instituir a idade mínima de 60 anos para todas as categoria de trabalhadores, cada qual recebendo o benefício de acordo com os anos de contribuição? Seria um estímulo a trabalhar mais, até à idade mais avançada, para aumentar o rendimento final. Também a transformação da aposentadoria em pensão para dependentes deveria ser revista, evitando acúmulos e abusos que onerem os cofres públicos sem necessidade. O bem público deveria sempre prevalecer sobre benefícios privados, incentivando a produtividade coletiva. É isso que faz um país prosperar!

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Salvatore D' Onofrio 
Dr. pela USP e Professor Titular pela UNESP 
Autor do Dicionário de Cultura Básica (Publit)
Literatura Ocidental e Forma e Sentido do Texto Literário (Ática)
Pensar é preciso e Pesquisando (Editorama)
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