Pontas soltas + Léo Moraes é o mais prejudicado + Mais pisões no MDB? + Patinho feio
Pontas soltas
Na complexidade da Amazônia sob ataque, pelo menos duas pontas ainda estão desamarradas, prejudicando a imagem do Brasil no exterior, indispensável a quem precisa de investimentos, visitantes para seu turismo e não perder clientes via boicotes de concorrentes. A primeira ponta é a falta de meios mais claros e rentáveis para oferecer compensação imediata e vantajosa pela prestação de serviços ambientais. A segunda é a dificuldade para combater os crimes cometidos na floresta.
A rigor, o Brasil não tem inimigos: nenhuma nação nos hostiliza ou é hostilizada por nossas forças. Mas tem concorrentes. E no mercado mundial ainda sem regras bem definidas, há um vale-tudo que depende muito da imagem do país e da amplitude de suas relações de amizade e cooperação. Clarear as formas de remuneração pelos serviços ambientais e mostrar ao mundo rigor no cumprimento das leis, com a punição aos criminosos e dissuasão à continuidade dos crimes contra o clima, trariam a superação do quadro atual, em que o Brasil é alvo de bloqueios e boicotes inaceitáveis a uma nação pacífica.
Se é verdade que dinheiro não traz felicidade, tornar a humanidade feliz com a proteção ampla da floresta e garantia de um bom clima para todos precisa garantir um fluxo também amplo de dinheiro para remunerar os prestadores de serviços ambientais. A felicidade trazer dinheiro será melhor para todos.
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Mais prejudicado
O caro leitor deve estar se perguntando qual o candidato ao governo estadual mais prejudicado em Rondônia com a fragmentação do eleitorado em Porto Velho com tantas postulações locais. Com certeza, o prejudicado é Leo Moraes (Podemos), com Vinicius Miguel (PSB) e Daniel Pereira (Solidariedade) entrando na seara do combativo representante do Podemos. E quem seria o candidato mais beneficiado pelo divisionismo na capital? Seria aquele com maior estrutura no interior e com a máquina na mão, o atual governador Marcos Rocha. E a coisa pode piorar mais ainda para o afilhado de Ivo Cassol, caso Confúcio volte a disputa.
Mais pisões?
O fragmentado MDB de Rondônia ainda não está pacificado, depois do grande racha ocorrido em 2018 e já existe ameaça de mais baixarias, pisoes e pés de orelha na convenção do meio do ano para definir as candidaturas ao governo, ao senado e chapas a assembleia legislativa e Câmara dos Deputados. Existem interesses dispares entre os agrupamentos do ex-governador Valdir Raupp e do senador Confúcio Moura. Não bastasse, o presidente regional Lucio Mosquini é devoto do bolsonarismo e reza a cartilha do governador Marcos Rocha. Até a definição do candidato ao Senado do partido está enrolada.
Patinho feio
O que se vê são as lideranças políticas e empresariais de Ariquemes, cidade que polariza o Vale do Jamari cochilando. Não é possível que uma região com um senador, cinco deputados estaduais, dirigentes representativos das associações comerciais e da federação das indústrias, mais o atual presidente da assembleia Legislativa, deixem o Vale do Jamari se tornar o patinho feio dos polos regionais. Senão vejamos: Ji-Paraná tem hospital regional e aeroporto com voos para outros estados, Cacoal e Vilhena também com seus aeroportos com acesso aos voos comerciais interestaduais e hospitais regionais. E Ariquemes? Necas! É a terceira maior cidade do estado, é sede do segundo maior polo regional de Rondônia e está ficando para trás.
Conexão Nordeste
O geométrico aumento do tráfico de entorpecentes em Rondônia, que juntamente com o tráfico de armas alimenta a criminalidade nos morros do Rio de Janeiro e nas favelas de São Paulo, aponta também para uma forte conexão de drogas com o Nordeste. Nos últimos anos os negócios entre os traficantes também têm sido ampliados com grandes cargas da cocaína boliviana e peruana para as principais capitais nordestinas, notadamente para Fortaleza e Maceió. Por coincidência (???), Baba e amigos estão ampliando seus interesses para aquelas bandas.
É coisa de louco!
Já não sou de me impressionar com qualquer coisa. Mas empresas de grande porte e que faturam horrores, como a Santo Antônio Energia, estar envolvida numa dívida bilionária de R$ 1,58 bilhão é coisa de louco. Mas em Rondônia até companhia de mineração, que lida com ouro, cassiterita e demais minérios dá prejuízo. A falecida Ceron, então se envolveu em dívidas terríveis até ser vendida a Energisa. A Caerd, que trata do fornecimento de água e esgoto em Rondônia é outra se esvaindo a décadas e o extinto Beron uma massa falida e milhares ficaram na mão. Todo mundo vítima dos políticos, que não valem o que os gatos enterram!
Via Direta
***Mais um final de semana prolongado, com esta sexta-feira dia 22, como ponto facultativo para os funcionários públicos em Porto Velho. Com isto centenas de rondonienses já viajando e aproveitando mais este recesso ***Com os últimos reajustes anunciados, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) quase equiparou os salários dos secretários municipais com seus adjuntos *** Ao meio dos boatos já tão comuns nesta época do ano em temporada de eleição os adversários vão se cruzando na busca de acordos para a formação de nominatas para Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados *** Novas empresas se instalando na capital rondoniense gerando novas oportunidades de empregos *** A moda atual é a inauguração de novas unidades de farmácias numa fantástica competição entre redes locais, amazonenses, nordestinas e de São Paulo.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br