Pitbull lamenta falta de ritmo contra Millender e pede duelo com Yancy Medeiros
Aos 34 anos e com 34 lutas na carreira, Thiago Pitbull não vive a melhor fase da sua carreira. Em sua última atuação, contra Curtis Millender, dia 18 de fevereiro, o atleta e treinador da American Top Team foi nocauteado no segundo assalto, acumulando o terceiro resultado negativo em quatro combates. Mas o brasileiro não está desanimado e planeja retornar em breve ao octógono. Em sua opinião, o ritmo de luta o prejudicou, após ficar quase um ano afastado e as seguidas mudanças de adversário também não o ajudaram, já que seu oponente original seria Mike Perry, que depois foi substituído por Zak Cummings, antes de acabar enfrentando Millender.
- Acho que foram três preparações diferentes, para três atletas diferentes. Esse moleque que eu ia lutar, eu não conhecia muito. Tentei fazer o melhor que pude em relação a estudar o estilo dele, mas aquele joelho que ele jogou foi uma carta na manga que não vi ele fazer nas outras lutas, me surpreendeu, mas é o esporte, ele estava preparado. Ficar muito tempo sem lutar me deixou fora de ritmo de luta. Comecei entrando do meio para trás, devia ser do meio para a frente. Isso me custou o contragolpe. Quando decidi andar para a frente, já estava no prejuizo, mas acho que ganhava até o joelho entrar. Tenho que fazer ajustes, a parte mais importante vai ser ficar em atividade para pegar meu ritmo de luta de volta e começar a introduzir wrestling no meu jogo, que vai fazer diferença para encarar a altura dos caras. Eles têm braços e pernas longos, então tenho que misturar quedas. Faremos essses ajustes e vamos correr para dentro. Sei que coração, garra e porrada a gente aguenta. Vamos fundo para brigar de novo. É ficar ativo - afirmou, ao Combate.com.
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Thiago Pitbull quer enfrentar Yancy Medeiros na próxima luta (Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC)
Para sua próxima luta, Pitbull já tem um nome na cabeça e quer que o duelo seja marcado para o meio do ano, já que pretende fazer quatro combates em 2018.
- Queria lutar em junho ou julho, no máximo julho, fazer mais umas duas lutas esse ano. Gostaria de lutar com o Yancy Medeiros, lutamos no mesmo card, não tem porquê não acontecer, estou esperando. Vamos ver o que o Sean Shelby fala. Junho ou julho quero estar na ativa e, depois, no mínimo mais duas lutas esse ano. Foco é ficar ativo para soltar o jogo.
Amizade com Colby Covington
Recentemente, Colby Covington, que tem se notabilizado pelas polêmicas em entrevistas e nas redes sociais, atacou Mike Perry com ofensas, inclusive, contra a namorada do lutador. Questionado sobre o motivo, revelou que o fez por conta da troca de farpas entre Perry e Thiago Pitbull, seu amigo na ATT. A surpresa ficou por conta de Covington ter feito diversos comentários nos últimos meses contra o Brasil, chamando o país de "esgoto" e o povo de "animais sujos", por exemplo. Mas o brasileiro contou que, pessoalmente, o americano tem postura bem diferente.
- Sempre fui muito imparcial em relação ao Colby porque ele sempre foi muito gente boa comigo. Ele nunca tinha lutado MMA quando o conheci, só tinha sido campeão nacional de wrestling, wrestling dele é do caramba. Vi a transição dele de começar a lutar amador, virar profissional, ir para o UFC e ir para as cabeças. Sempre foi respeitador, mas o esporte evoluiu tanto que ele virou um personagem e o personagem dele é o cara mau, que vai apontar defeitos de todo mundo, falar m*** de todo mundo, mas tirando isso ele é super gente boa, super humilde, então, infelizmente, como o MMA é muito emotivo, é dificil para os fãs entenderem. Ele fala coisas que não concordo, mas é parte do business. Ele é diferente, mas ele não é uma pessoa ruim, é gente boa, é um personagem que está vendendo para o mundo e está dando certo. Todos falam dele, qualquer comentário vira notícia. Alguma coisa está dando certo - declarou.
Apesar de entender o motivo de Covington ter se tornado este tipo de personagem, Pitbull deixa claro que não gosta dos comentários feitos pelo americano, mesmo que não leve para o pessoal.
- Ele sabe que não tem como eu gostar. Sou cidadão americano agora, mas se falo isso da América ou de qualquer país do mundo, não tem como ninguém gostar. Ele sabe que não tem como, mas sabe que entendo o negócio do MMA, o que ele tenta fazer. Não teve uma conversa direta sobre isso, mas a gente sabe porquê ele falou. Ele não tem nada contra o Brasil, só quer vender o personagem. Ele me disse isso, é um ser humano como todo mundo, quer vender uma imagem. O Colby é gente boa pra caramba, molecão. Ele usa essa estratégia para levantar o nome dele, mas é super respeitador, trata todos na academia com respeito, cumprimenta o tatame antes de sair, é tranquilo. Mas virou um ator, quer vender o personagem. Ele está usando a personalidade para poder vender e dá certo mesmo - concluiu.