PF confirma que prefeito de Rolim de Moura apresentou diploma falso ao TRE

1 de abril de 2025 80

Um caso de grande repercussão abala a política de Rondônia nesta terça-feira, 1º de abril de 2025. A Polícia Federal (PF) concluiu um inquérito que confirma que o prefeito de Rolim de Moura, Aldair Júlio Pereira (União) utilizou um diploma falso para se candidatar nas eleições municipais de 2024.

A investigação, que vinha sendo conduzida com sigilo, expõe uma grave irregularidade no processo eleitoral e reacende discussões sobre a fiscalização das candidaturas no Brasil.

De acordo com o relatório da PF, o prefeito conhecido como Aldo Júlio, apresentou um documento de conclusão de curso supostamente emitido por uma instituição de ensino que, após perícia, foi constatado como fraudulento. A falsificação teria sido usada sem necessidade, já que a Justiça Eleitoral exige apenas que o candidato seja alfabetizado. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral, que agora decidirá se oferece denúncia contra o político.

A descoberta veio à tona após denúncias anônimas recebidas pela PF durante o período eleitoral de 2024. A partir daí, os investigadores cruzaram dados, analisaram registros acadêmicos e ouviram testemunhas, confirmando que o diploma apresentado não correspondia à realidade. A falsificação não apenas compromete a legitimidade da candidatura, mas também levanta sérias questões sobre a conduta ética do prefeito, que assumiu o cargo em 1º de janeiro de 2025 após ser eleito.

O caso tem gerado reações intensas em Rondônia. Políticos da oposição já se manifestaram, exigindo a cassação imediata do mandato do prefeito e a realização de novas eleições no município afetado. “É uma afronta à democracia. Quem começa mentindo para se eleger não tem condições de governar”, declarou um vereador local em entrevista ao G1. Por outro lado, aliados do prefeito alegam que ele ainda não foi julgado e defendem seu direito à ampla defesa.

A legislação eleitoral brasileira prevê que a apresentação de documentos falsos pode resultar na inelegibilidade do candidato, além de penas que variam de multa a prisão, dependendo da gravidade do crime. Caso o Ministério Público formalize a denúncia e a Justiça Eleitoral confirme a fraude, o prefeito pode perder o mandato, e o município terá de passar por um novo pleito. Especialistas apontam que o episódio reforça a necessidade de maior rigor na checagem de documentos durante o registro de candidaturas.

Porém, como se trata de um processo criminal, até que seja concluído possivelmente o mandato do prefeito já deva ter terminado.

Enquanto o processo judicial não avança, a população do município segue em suspense, dividida entre a indignação e a espera por esclarecimentos. O escândalo já é considerado um dos mais graves envolvendo as eleições de 2024 em Rondônia, prometendo desdobramentos que podem impactar o cenário político local por meses.

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Fonte: ALAN ALEX