PARASITA DA VELHA POLÍTICA, BOLSONARO APENAS SURFAVA NA ENTROPIA DO OLAVO DE CARVALHO. PABLO MARÇAL NELA CRÊ
Ultradireitista com carteirinha assinada, neto e admirador do Mário Andreazza (ministro dos Transportes que o ditador Figueiredo escolheu como sucessor mas, na convenção partidária do PDS, levou um chapéu do Paulo Maluf), Carlos Andreazza é quem melhor decifrou o fenômeno Pablo Marçal.
No programa Estadão analisa desta terça-feira (10), ele o decodificou como o mais extremado patrono do achincalhe geral, ao apostar todas as fichas na derrota/esculhambação do sistema.
Com intensidade sem precedente no Brasil, Andreazza encarna a promessa de retaliação ao que representariam os adversários, atores num velho teatro entre farsantes.
Vote – não para eleger – para punir. Não por realizações estruturais de governo. Por forra instantânea.
Daí o fascínio que desperta entre os náufragos da debacle capitalista: Muitos entre os que lhe votarão têm nada a perder, despedaçados pelo fim da classe média. Ressentidos de repente apaziguados sob a percepção de que a existência não ficará pior. Não pode piorar. E terão algum prazer.
Todo esse amargor niilista já estava presente na campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018, mas não passava de um engodo, sendo o Bozo um político profissional com três décadas de mandatos legislativos nas costas, durante os quais assentara frondosa empresa familiar nas banhas do estado.
Pablo Marçal, sem tal limitação, seria o verdadeiro genérico da entropia pregada por Olavo de Carvalho, enquanto o palhaço psicopata não passaria de um similar oportunista.
Aonde leva esse furor vingativo? A prováveis vitórias eleitorais seguidas de fracassos catastróficos nas tentativas de governar países a partir de uma destruição indiscriminada.
Daí todos os rebentos da nova direita estarem se revelando autênticas monstruosidades quando chegam ao poder.
Mas, por que eles têm vencido sucessivos embates contra a esquerda? Também aí não existe mistério nenhum. É porque a esquerda desistiu de superar o capitalismo e hoje atua apenas para dar-lhe sustentação e sobrevida, como mero serviçal do poder econômico na agonizante democracia burguesa.
É ela quem poderia propor um passo adiante: a construção de uma sociedade que priorizasse o atendimento pleno das necessidades humanas ao invés do lucro.
Mas, se não reagir em tempo, secundará a destruição da espécie humana pelo capitalismo, ao invés de servir-lhe de antidoto. (por Celso Lungaretti)
Obs. os trechos destacados em negrito são
reproduções exatas do artigo do Carlos Andreazza.
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