Pagamos um preço de qualquer jeito

6 de maio de 2019 420
Tenho recebido elogios, mas críticas aos montes. Os ataques,  contrários  ao pedido de impeachment em desfavor do governador Marcos Rocha e do vice-governador Zé Jodan, ambos do PSL, tem  um único endereço, "deixe o homem trabalhar, é honesto". Nem tanto mestre, o passado que o diga, mas recebo a crítica como incentivo quanto a sonhar por um governo não apenas honesto, mas economicamente  competente. O povo precisa de seu governo sendo ágil, eficaz e de fomento com a produção e atuando junto a economia para gerar rendas e empregos para uma  população desolada com tudo e todos.
 
Penso que é preciso raciocínio sobre o feito. Anúncio na  mídia nacional que PSL tem o primeiro governador cassado por impeachment no país é um horror para Jair Bolsonaro.  A maquiagem com a vinda do ilustre Ministro Sergio Moro, dito para participar do anúncio pelo gov, Rocha das ações e programas de combate à corrupção, é firula, veio mesmo tratar do caso impeachment. Brasília não quer nem imaginar o estrago a nível de país. Orientou na medida certa para abrir o governo sem cometer ilícitos e gentilezas ao excesso. O feito parece terá resultado nos próximos dias e semanas. Impeachment, nem pensar.
 
De certo, um impeachment é um processo longo, trabalhoso, duvidoso juridicamente, mas necessário quando deparamos com práticas de ilegalidade de ato administrativo que tem por norma ser "perfeito",  ou seja, revestido de "legalidade", se ilegal, é imperfeito, nulo de pleno direito e sujeito a incidência de crime de responsabilidade pelo gestor público. É a norma, dela não cabe fugir.Não posso e nem devo aceitar a máxima dos anos idos de Adhemar de Barros em São Paulo, "rouba mas faz". Pagamos um preço alto no decorrer de um processo de impeachment que pode resultar tanto no afastamento como ao final perda do mandato do governante.
 
De todo modo , pagamos muito mais alto quando deparamos com um governo que, alardeia honestidade mas economicamente é incompetente e tal, pode estancar, causar letargia na coisa pública e nela, a vida das pessoas está em jogo, pois todas as ações públicas  tem um único direcionamento, atender a população. Um hospital público sem eficiência, pessoas morrem e  dezenas e dezenas de outras  ações públicas causam prejuízos irreparáveis ao custo de milhões de reais, tudo ao anúncio de "economizamos milhões de milhões de reais". Belo e horroroso exemplo. 
 
Não sonho mais com "estadistas", governos do tipo que da atuação programática, metas, diretrizes e ações, resultou impactar a economia de todo um povo pelos 50 anos seguintes, vide Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek e outros da mesma importância, e hoje, nossos governantes não passam de "administradores de almoxarifado", fazem publicidade para anunciar economia de bateria de veículos públicos que outrora tinham por roubos constantes e agora não mais. Fazem alarde que economizaram nos alimentos  que ficavam as centenas  na despensa das escolas e hoje só para o consumo do mês. Medicamentos, só o necessário, e caso haja uma procura maior frustrando o dito "planejamento", não é crime anunciar que; "acabou, estamos providenciando, volte outro dia". Tudo em nome do "controle de gastos".  Governos que controlam "latas de sardinha" e se acham "os melhores". 
 
Enfim, é muito caro combater e atacar um governo dito "honesto" uma vez que, o resultado das contas públicas apresentando resultados positivos, recebe aplausos e sonoros elogios. Por que apear o "homem"? Mesmo que as pessoas continuam a morrer nas filas de hospitais, o importante  é o resultado de dados. Verdade, pagamos um preço de qualquer jeito, ficando ou voce decide. 
 
Caetano Vendimiatti Neto
Autor do pedido de impeachment