Pablo Vittar diz no Conversa com Bial que não sai do Brasil por causa de Bolsonaro

22 de novembro de 2018 433

Ao ser perguntada pelo apresentador, no Programa do Bial, na madrugada desta quarta-feira (21), se sairia do Brasil com a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), a cantora Pablo Vittar respondeu, sob fortes aplausos: “Nenhum negro vai voltar pra senzala, nenhuma mulher vai voltar pro fogão e nenhum o gay vai voltar pro armário, meu amor”.

 

Vídeo incorporado
 

Pabllo Vittar mandou um recadinho para quem disse que ela iria embora do Brasil se o Jair Bolsonaro ganhasse as eleições... ACEITA HATERS!!!! ?????????????????????????????????

125 pessoas estão falando sobre isso

 

 

Em setembro de 2017, Pablo Vittar foi vítima da fake news de que sairia do Brasil caso Bolsonaro vencesse as eleições. O post, que pode ser visto abaixo, viralizou rapidamente e foi desmentido reiteradamente pela cantora.

Foto: Reprodução

Um mês antes, em agosto, Bolsonaro, que é conhecido por posições homofóbicas, declarou não saber quem é Pablo Vittar.

 

 

Ao final do programa, a cantora ainda deu um selinho no apresentador.

O país que mais mata LGBTs do mundo

No Brasil a cada 19 horas uma pessoa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis) é assassinada. O país e o que mais mata travestis e trans em todo o mundo.

Um relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade que levanta dados sobre assassinatos da população LGBT no Brasil há 38 anos, registrou 445 homicídios desse tipo em 2017. O número aumentou 30% em relação ao ano anterior, que teve 343 casos.

Segundo o levantamento, 2017 foi o ano com o maior número de assassinatos desde quando a pesquisa passou a ser feita pelo movimento. De 130 homicídios em 2000, saltou para 260 em 2010 e para 445 no ano passado. Houve ainda um aumento significativo de 6% nos óbitos de pessoas trans no último estudo, de acordo com o grupo.

“Tais números alarmantes são apenas a ponta de um iceberg de violência e sangue, pois, não havendo estatísticas governamentais sobre crimes de ódio, esses dados são sempre subnotificados já que nosso banco se baseia em notícias publicadas na mídia, internet e informações pessoais”, diz o antropólogo e fundador do GGB, Luiz Mott, responsável pelo site “Quem a homofobia matou hoje”.