OS VERMES NA POLÍTICA

5 de junho de 2019 530

Em política, existem dois tipos de animais: o animal político, por excelência, que exerce a atividade por vocação e faz dela missão a partir da pluralidade e das diferenças entre os homens; busca o sentido transformador da política, o seu valor finalístico que pode variar, mas que terá sempre uma razão teleológica; o outro animal é o verme humano, aquele bípede que não vive para a política, vive da política, mais particularmente, da fruição imoral do poder.

Neste sentido, em nada diferem dos seus correspondentes invertebrados e parasitários. Como eles, aninham-se nas entranhas do poder e, roedores que são, alimentam-se de suas carnes e da seiva que move as máquinas, sejam públicas ou privadas: o dinheiro.

O verme político nem sempre é visto a olho nu, ou seja, não é um ser macroscópico. Muitas vezes, é um ser microscópico. Passa despercebido; disfarça bem as características dos gusanos até que põe suas unhas de fora (unhas, não, eles não têm unhas, têm uma espécie de ventosas grudadas na fonte dos nutrientes), põe suas ventosas de fora quando chegam ao ambiente miasmático do poder. Tornam-se visíveis; crescem; engordam para cima e para os lados, porém continuam vermes, bichinhos de fome insaciável e de difícil tratamento.

Claro que, antes de se tornar visível, dá para perceber o verme em formação: eles têm o faro das conveniências; o discurso de ocasião, grandiloquente e meloso; a prática da esperteza e a disposição servil para as mil e umas utilidades do velho bom-bril. Tudo bem dosado para assegurar a conquista triunfante dos nacos de poder. E uma vez no poder, se lambuzam, descaradamente, no lodo da pilantragem e da corrupção. 

O tratamento é difícil; a cura, impossível. Não há política sem grandes homens convivendo com homúnculos que atuam como os vermes da vida animal.

De fato, não há como eliminar a verminose na política. Não há vacinas, nem vermífugos que erradiquem a doença. Mas é possível combater e reduzir a peste com a terapia oferecida pela democracia: informação acessível, consciência cidadã ampliada, voto criterioso (não abrir mão desta arma) e o controle social exercido pelas instituições e pela pressão da opinião pública.

Em 2020, o eleitor terá mais uma oportunidade para aplicar boa dose de vermicida ao organismo da política ariquemense. 

Aí a mim me pergunta, em Ariquemes tem algum verme politico?

 

O INDIVÍDUO NA TEORIA POLITICA

Quero aqui me referendar a alguns indivíduos e, a princípio, é necessário fazer uma distinção entre indivíduo e individualidade: o indivíduo é o homem na sua singularidade, singularidade essa que, na sociedade politica, aparece como “átomo”, como “unidade monádica”, fechado em si mesmo, solitário, como um mundo a parte, que se basta a si mesmo, independente, isto é, como singularidade negativa, isolada; e a individualidade são os traços essenciais físicos, espirituais e psíquicos, as qualidades distintivas, de cada indivíduo, que diferenciam um indivíduo de outros, traços esses que, na sociedade moderna e na evolução politica, são apagados, anulados, na medida em que os indivíduos são reduzidos apenas a mercadorias indistintas. Irei tratar aqui apenas do indivíduo e, especificamente, do indivíduo postador de opiniões nos grupos políticos, que foi pouco investigado e, até mesmo, não trabalhado por boa parte dos intérpretes políticos que se tornam candidatos a mercê do tempo quando chegam às eleições. Para muitos destes, não há, no pensamento de certos políticos de carteirinha a quem se reverencia espaço para tanta bajulação, lugar para uma concepção de indivíduo humano, ou até mesmo defendem que nega a concepção de indivíduo humano. Penso que isto é um mal-entendido, pois se podem levantar, a meu ver, o valor de um indivíduo como salvador do município em detrimento a outrem vê que esse seguidor não possui pressupostos básicos, para se pronunciar em publico usando uma verborreia de latrina para qualificar seu protegido e mais, muita das vezes usa argumento desprovido de base na informação procurando induzir na mente do leitor uma verdade inexistente. Que auxílio esse indivíduo pode trazer para a comunidade se nem ele próprio sabe o que fala em suas postagens. A individualidade de quem quer ser um influenciador politico tem de começar pelo conhecimento e a isenção politica sem que seja radical ao ponto de vista de que nada feito pelo gestor publico esteja certo.

O QUE DA NOTICIA (AOR OLIVEIRA)