Os recados da bancada evangélica para Lula

4 de março de 2025 50

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Há um desconforto natural na sociedade hoje quanto ao presidente”, constatou o deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP, foto) ao Estadão.

Eleito presidente da Frente Parlamentar Evangélica na semana passada contra a candidatura de Otoni de Paula (MDB-RJ), que era apoiada pela base do governo Lula, Nascimento disse que “as pessoas estão perdendo a esperança, e a gente quer levar um pouco de esperança”.

“Há um desconforto natural na sociedade hoje quanto ao presidente”, constatou o deputado federal Gilberto Nascimento (PSD-SP, foto) ao Estadão.

Eleito presidente da Frente Parlamentar Evangélica na semana passada contra a candidatura de Otoni de Paula (MDB-RJ), que era apoiada pela base do governo Lula, Nascimento disse que “as pessoas estão perdendo a esperança, e a gente quer levar um pouco de esperança”.

“O pai que já não consegue mais comprar o pão, a mãe não consegue mais, com a mesma tranquilidade, cuidar dos filhos. Você tem uma desagregação muito grande na sociedade. A economia gera tudo”, disse o líder da bancada evangélica, lembrando a Lula que essa insatisfação está mais acentuada entre os evangélicos

“Você pega, por exemplo, 10 mil pessoas que moram em um bairro. Mil delas vão se encontrar numa igreja no domingo à noite ou no sábado à noite. Você tem um ponto de encontro, onde elas se falam, trocam mensagens. Qualquer desajuste espalha muito rapidamente”, comentou o deputado.

Evangélicos

Lula vem tentando sem sucesso, desde o início do governo, se aproximar do eleitorado evangélico. Otoni de Paula tentou ajudar o presidente, mas o desafio parece difícil demais.

“Você tem algumas pautas que são muito ruins para a família, essas pautas de costumes, por exemplo, que o governo, infelizmente, insiste em tê-las”, disse Nascimento.

Em todas as pesquisas de avaliação do governo Lula, o pior desempenho do petista está no eleitorado evangélico. A avaliação negativa de Lula medida pela última pesquisa CNT/MDA é de 44% no país, mas sobe para 54% entre os evangélicos — entre os católicos, é de 40%.

Isso pode se dever a questões morais, como sugere o novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, mas também há um fator econômico envolvido, como explora reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé.

Fonte: REDAÇÃO O ANTAGONISTA