Operação Ágata e o turismo às avessas
Operação Ágata
No futebol, bom jogo é aquele em que ninguém percebe o juiz em campo. Entre os militares, os mais respeitáveis são os que menos se envolvem em guerras e conflitos. Na trilha do provérbio latino “Si vis pacem, para bellum” (se quer paz, prepare-se para a guerra), são comandos que seguem a Constituição, não se deixando enredar em tramoias.
Com a polarização, tentaram comprometer as FFAA com articulações golpistas, mas sem sucesso. Elas se mantiveram rigorosamente fiéis aos seus compromissos e os transgressores se submetem às normas disciplinares. As bolhas das redes sociais estão repletas de tentativas maliciosas de causar confusão e manter o pior da polarização, tentando levar agentes e servidores do Estado a prevaricar, partidarizar as instituições e emitir opiniões próprias como se fossem das autoridades competentes.
Sensata foi a Operação Ágata Amazônia do Comando Conjunto Uiara, coordenada pelo Ministério da Defesa, ação que une, de combate ao crime com a participação de mais de mil militares. O que desune é buscar chifre em cabeça de cavalo, como a insinuação maluca de que as operações conjuntas entre militares brasileiros e norte-americanos na Amazônia significam entregá-la aos gringos. Deve ser falta do que fazer, pois nos EUA os malucos dizem que o Brasil é antiamericano por ter recebido navios iranianos em seus portos.
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A escassez
A enorme escassez de mão de obra nos Estados Unidos segue atraindo grande número de imigrantes brasileiros, seja pelas vias legais, ou pela opção clandestina, principalmente mineiros, capixabas e rondonienses. Existe um déficit de mais de 3 milhões de vagas de empregos não preenchidas no EUA. Os três países que mais tem enviado imigrantes à terra do tio Sam pela ordem são o México, a China e o Brasil com quase 1 milhão de permissões só em 2022. A escalada segue forte na classe média alta, que por motivo de segurança tem enviado filhos e netos para Miami e a Florida, regiões apinhadas de latinos.
Perdendo a guerra
As autoridades da segurança pública estão perdendo a guerra contra a criminalidade em Rondônia. Em Porto Velho, onde existem verdadeiras batalhas entre as facções ligadas aos cartéis de drogas bolivianos, peruanos e colombianos, a situação é mais aflitiva. Os principais conjuntos de casas e apartamentos populares – casos do Orgulho do Madeira, Cristal da Calama etc – concentram escritórios do crime organizado e os embates nas ruas. Com as drogas e armas chegando em profusão das fronteiras com os países vizinhos temos uma situação difícil de ser enfrentada.
Turismo às avessas
As esferas municipais e estaduais do turismo em Porto Velho anunciam esforços para explorar o turismo, otimistas com o desembarque de turistas nestas bandas. Mas a principal atração turística da capital segue fechada, que é o Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. O péssimo atendimento no comercio lojista, cujos funcionários precisam de reciclagem, afugenta visitantes bem-intencionados que se frequentarem restaurantes a noite correm o sério risco de serem assaltados. Por enquanto temos turismo avessas na região portuária e visitas as cracolândias espalhadas por aí. É coisa de louco!
Numa fria
Envolvido em operações da Policia Federal, em combate a corrupção, o governador do Acre Gladson Camelli, entrou numa fria e já está com o passaporte apreendido, o que significa que no avanço das investigações poderá até perder o mandato. Expoente do bolsonarismo na região Norte, e com uma gestão considerada eficiente, Camelli tem liderado bandeiras importantes da região, mas agora está com sua autoridade moral comprometida perante a classe política e da própria população acreana, depois de eleito e reeleito com bons índices de aprovação naquele estado.
Pulando cirandinha
O governador do Amazonas Wilson Lima e o prefeito de Manaus David Almeida que durante algum tempo estiveram em lados opostos, trocando cabeçadas e brigando como alces em disputas por acasalamentos, estão pulando cirandinha. Como em Rondônia, onde o governador Marcos Rocha e o prefeito de Porto Velho, somaram esforços, para juntos viabilizarem obras importantes, os mandatários amazonenses fumaram o cachimbo da paz e até exageram nos elogios. O prefeito David Almeida chamou o governador Wilson Lima recentemente de “estadista”, logo ele que quase foi cassado no ano passado...
Via Direta
*** A união de forças rivais nem sempre acabam dando bons resultados em Rondônia. Em Porto Velho, por exemplo, o então prefeito Carlinhos Camurças se uniu com o adversário Mauro Nazif num pleito e ambos tubularam juntos gloriosamente *** Já, os esforços de paz entre o falecido prefeito Chiquilitro Erse com o então governador Jerônimo Santana resultaram em grandes obras na capital rondoniense *** Igualmente a trégua entre Chiquilito e o governador Valdir Raupp foi bem-sucedida*** Mas alguns prefeitos da capital penaram nas mãos dos governadores de plantão. Casos de José Guedes, Tomás Correia tratados a pão e água e na base da chibata. Dependiam dos governadores para pagar os servidores.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br