O REI MORTO É O BOLSONARO, CUJA PRISÃO NÃO TARDARÁ. TENDO COMO CREDENCIAL 56 EXECUÇÕES, TARCÍSIO QUER SER O REI POSTO.
Jair Bolsonaro, conforme cansei de antecipar, não se perpetuou no poder nem sobreviverá politicamente à perda da faixa presidencial.
O pior presidente do Brasil em todos os tempos está em vias de iniciar uma longa temporada atrás das grades, pois o rosário de graves crimes comprovadamente cometidos agora desabará sobre ele com o peso:
— de uma circense micareta golpista que fez do Brasil piada para o mundo civilizado, e
— de umas 400 mil mortes que poderiam ter sido evitadas caso o combate científico à pandemia de covid não fosse por ele flagrantemente sabotado (afora episódios menos graves, mas nem por isso insignificantes em termos penais).
E já dá para percebermos sem sombra de erro quem será o novo líder da extrema-direita brasileira, em substituição ao rei que para todos os efeitos estará morto tão logo o trancafiem na cela a que fez jus: Tarcísio de Freitas, o governador de São Paulo, que acaba de apresentar uma segunda credencial fortíssima para o cargo.
A primeira, obviamente, é o próprio posto que ocupa. à frente do estado mais poderoso e rico da federação.
Quem era Bolsonaro antes da faixa presidencial? Um ninguém ao qual só um punhado de fanáticos obtusos levava a sério.
Da mesma forma, o outro ninguém chamado Tarcísio de Freitas poderá ir ainda muito longe por força de ser o atual inquilino do Palácio dos Bandeirantes.
Considero simplesmente risíveis as elucubrações sobre a possibilidade de Michelle Bolsonaro ocupar o trono vago, pois ela não passa de uma acompanhante de jornada bonitinha para os varões que tentam atingir o gozo orgástico do poder presidencial...
A segunda credencial de Tarcísio para liderar os truculentos desvairados foi a Operação (chacinas de) Verão, que ele respaldou embora não passasse de uma evidente retaliação fardada à morte por bandidos de três PMs na Baixada Santista.
A resposta foram 58 dias de matança destrambelhada, com um total de 56 assassinatos por parte de efetivos da Rota sem câmeras corporais e que cometeram excessos gritantes.
Uma cabelereira foi baleada na cabeça enquanto conversava com uma amiga, sentada num banco de praça; a Secretaria de Segurança Pública de SP alegou troca de tiros com dois motoqueiros, os quais, como costuma ocorrer nesses episódios, teriam escapado.
Dois jovens negros foram baleados mortalmente quando policiais invadiram sua casa, ao que tudo indica por engano.
Um cego a quem restavam apenas 20% de visão, acamado, foi executado a queima-roupa por agentes da Rota; eles alegaram que o suposto Robin Hood tinha um fuzil embaixo da cama e iria disparar contra eles. Acredite quem quiser...
Um coitadeza morreu sentado sobre suas muletas, após ser baleado sem aviso, etc.
Michelle nunca conseguirá igualar tais trunfos de Tarcísio. Podem anotar: será ele o sucessor do Bolsonaro, devendo receber a coroa tão logo o rei morto seja devidamente enterrado num presídio. (por Celso Lungaretti)
Dirigido por Enzo G. Castellari, com o veterano Gilbert Roland, este
western italiano de 1968 tem tudo a ver com a polícia do Tarcísio
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