O que Marcos Pereira fará para se tornar viável na sucessão de Lira

11 de julho de 2024 69

CRÉDITO METRÓPOLES

Depois de duas festas nesta semana em Brasília, uma de Antonio Brito (PSD-BA) e outra de Elmar Nascimento (União Brasil-BA), deputados começam a estabelecer os favoritos para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados.

Os eventos de terça-feira (09/07) e quarta-feira (10) reuniram desde deputados do PT e ministros de Lula até bolsonaristas clássicos, além do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

Enquanto Brito e Nascimento tentam consolidar seus eleitorados, o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP) corre atrás. Ele realizou uma festa de aniversário em abril, que também reuniu a nata política de Brasília.

Segundo aliados de Pereira, ele possui uma característica que nem Elmar, nem Brito têm: trânsito entre a oposição e a situação na Câmara dos Deputados. Conforme um interlocutor, “Pereira sabe falar com o mais petista dos petistas e o mais bolsonarista dos bolsonaristas”.

Essa será, portanto, a estratégia do deputado para angariar mais apoio para a eleição de fevereiro de 2025. Pereira e seus aliados vão reforçar a imagem de apaziguador do deputado.

A disputa está assim, por enquanto:

  • Elmar Nascimento: conta com a predileção de Arthur Lira para ser o candidato do presidente da Câmara. Enfrenta resistências por boa parte da base de Lula e terá que lidar com o favoritismo de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) no Senado. Não é do interesse do governo ter dois presidentes do mesmo partido no Congresso Nacional, especialmente o infiel União Brasil.
  • Antonio Brito: mantém uma boa relação com o presidente Lula e com a base petista, mas é visto como “governista” demais pela direita. Tem Gilberto Kassab apoiando sua pré-candidatura e conta com o suporte de caciques do Senado.
  • Marcos Pereira: seus aliados o descrevem como um “coringa”, afirmando que ele sabe conversar com todos. A seu favor está o apoio dos evangélicos e da direita conservadora. Tem diálogo com Lula, mas enfrenta resistências por parte do patrono do Republicanos, Edir Macedo, em se aproximar do governo.
Fonte: Vinícius Nunes