O primeiro ano

21 de dezembro de 2017 933

Com um balanço da sua gestão, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) vai encerrando o primeiro ano de mandato, somando altos e baixos, mas deixando uma boa impressão. Beneficiado por herdar recursos em caixa da gestão anterior e com a construção adiantada de centenas de casas populares que acabaram concluídas na sua administração, Chaves teve no setor de moradia seu ponto mais alto.

Como nas gestões anteriores, o ponto baixo da gestão atual foi o enfrentamento das alagações que demandam grandes recursos e só possíveis de solucionar com ações de macrodrenagem e colaboração da população que atira tanto lixo nas ruas e polui canais e igarapés com carcaças de geladeiras e sofás velho. A saúde também deixou a desejar e só agora está sendo ajustada.

Chaves têm demonstrado tino administrativo e quando comete equívocos não hesita em voltar atrás – o que é difícil entre prefeitos e governadores – e está gestionando grandes obras na capital rondoniense a partir do ano que vem. Além do esgoto sanitário e da nova rodoviária, articula-se com PPPs para a construção marcante de um Centro Administrativo da Municipalidade.

Eleições 2018

Já temos três grandes blocos formados para a disputa do governo do Estado para as eleições de 2018. O primeiro é uma provável aliança liderada pelo PDT/PSB/DEM; a segunda formação é do pelotão PP/PR/PSD, e a terceira composição é encabeçado pelo PMDB, cuja agremiação poderá se esvaziar com a provável saída do governador Confúcio Moura. Os candidatos dos blocos seriam Acir Gurgacz, Expedito Junior e Maurão de Carvalho.

As caras novas

Se forem levadas em conta as sondagens dos grandes institutos teremos uma renovação histórica das cadeiras a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados e uma cara nova eleita nas duas vagas ao Senado na maioria dos Estados, e mais uma cara nova alçando o segundo turno na maioria das disputas dos governos estaduais. As caras novas estão chegando e apavorando os políticos tradicionais, cuja maioria entrou na vala comum.

Salve-se quem puder!

Vem aí a soltura os presidiários beneficiados pelo indulto de Natal que serão liberados em Porto Velho durante as festividades de fim do ano. Não bastassem as solturas, temos pelo menos 2 mil mandados de captura de marginais em aberto, desde ladrões de galinha a traficantes, de latrocidas a estupradores. Então, salve-se quem puder! Quem viajou está com suas casas ameaçadas de arrombamento, quem ficou vai ter que se proteger da bandidagem.

As comunidades

Além da influência de mais de 50 etnias quando da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, Porto Velho através dos tempos foi formando algumas comunidades de migrantes da região. As maiores são procedentes de Humaitá, de Guajará-Mirim, de acrianos, bolivianos e haitianos. Mas tem muita gente também de Ji-Paraná, Rolim de Moura e Vilhena que se transferiu para a capital nos últimos 20 anos.

Perfil sulista

Colonizada inicialmente por nordestinos e por migrantes dos Estados do Norte, Porto Velho vê aumentar geometricamente a influência dos Estados sulistas nos últimos anos, como do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isto decorre também da migração interna no Estado, pois grande número de migrantes que chegaram à capital nos últimos anos são oriundos de cidades rondonienses apinhadas de sulistas.

Via Direta

*** As chuvaradas nos Andes já ocasiona a subida do rio Madeira em Rondônia *** Sem voduzar os ribeirinhos de Porto Velho, é bom já ficar com as barbas de molho pelo que vem pela frente *** Como somos terra de migrantes, já temos muita gente nas estradas, nos aviões, nos ônibus e nas embarcações, para passar o Natal e Ano-Novo *** O PMDB virou MDB acreditando que isto pode livrá-lo da péssima imagem adquirida nos últimos anos com Lava Jato e Cia.

POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br