O Aeroporto Jorge Teixeira será alfandegado? Acredite se quiser!

27 de janeiro de 2020 579

FILOSOFANDO

"Urge um investigação profunda sobre os gastos da Assembleia na legislatura presente após as recentes operações do Ministério Público e da Polícia para ficar claro se os atuais deputados estão fazendo alguma limpeza da enorme podridão antiga ou se fogem ao desafio de retificar completamente o rumo do parlamento ao abismo ético e não republicano". GESSI TABORDA, jornalista aposentado.

 

EDITORIALZIM

O aeroporto da capital rondoniense foi inaugurado em abril de l969. Ele passou a ser administrado pela Infraero em 1979. Em 2002 passou oficialmente a se chamar Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, uma homenagem ao coronel ma Jorge Teixeira, do Exército, responsável pela transição do território de Rondônia à condição de mais novo estado brasileiro.

O aeroporto Jorge Teixeira acabou aparecendo em comentários nas redes sociais da semana que passou após motivar uma intensa propaganda governista sobre seu alfandegamento, inclusive com data certa de ocorrer, o que faria dele um verdadeiro aeroporto Internacional, com a operação de rotas internacionais de passageiros e cargas.

É lamentável jogar um balde de água fria nessa propaganda governista que tomou conta de importantes redes de comunicação social, levando pessoas à crença de que o alfandegamento do Aeroporto Internacional (?) Jorge Teixeira são favas contadas. Se as bases para o crescimento futuro de Rondônia dependerem disso, é melhor protelar mais uma vez o desenvolvimento econômico tão sonhado, tão desejado e sempre postergado por culpa exclusiva dos governantes patéticos que o estado teve até agora.

O atual governo rondoniense é marinheiro de primeira viagem. É possível sentir sua inação desde que tomou posse provocando desequilíbrios econômicos e sociais. O desemprego é galopante. O mundo empresarial cancela inversões atemorizado com as incertezas sobre como serão as relações do governante com a economia produtiva. As políticas equivocadas, têm tudo para criar crises e alimentar uma caótica política de gasto público.

A afirmação de que o Aeroporto Internacional (??) Jorge Teixeira estará alfandegado até meados desse ano é uma enorme irresponsabilidade, e também fruto da cegueira governamental, incapaz de avaliar e prever os danos dessa tática para as aspirações do estado.

O pouco que resta de confiança no atual governo vai se desidratar completamente quando passar a data anunciada e nada acontecer com o Aeroporto em termos de alfandegamento.

Claro que se isso acontecesse com o aeroporto que foi declarado internacional em 2002 o governo do coronel Marcos Rocha seria glorificado. Afinal teria conseguido aquilo que nenhum outro ocupante do governo rondoniense conseguiu.

O principal aeroporto rondoniense está nas mãos do Infraero. E lá nessa agência nada consta, nem uma ínfima notícia, sobre esse sonho de verão do governador. Aliás, em relação ao nosso aeroporto estudos estão sendo feitos para incluí-lo no pacote de privatizações do governo federal.

E no setor aeroviário o que se tem de real é o baixo número de empresas aéreas operando aqui, apenas 3, que estão mais interessadas em reduzir o número de voos (como o cancelamento de um para Rio Branco) do que ampliá-los.

Esperamos todos nós que o governo do coronel Marcos Rocha apresente um programa de infraestrutura capaz de reverter essa tendência de desestímulo aos investimentos em Rondônia. Até agora isso não aconteceu. O coronel e sua trupe não se mostraram à altura das exigências de um governo moderno, que leve em consideração as altas taxas de pobreza e desigualdade. E isso só pode ser mudado com crescimento, com geração de emprego e renda, de melhoria no atendimento à saúde e no combate ao crime organizado.

 

SORTE

Tem gente reclamando, mas se pensar bem quem participou do encontro realizado em Porto Velho, na última sexta-feira, em apoio à criação do partido Aliança pelo Brasil, a ser liderado pelo presidente Bolsonaro, deve é agradecer o não aparecimento do governador Marcos Rocha.

Sem apoio popular, o governador não poderia mesmo ser chamado a coordenar o partido do presidente. Rocha se elegeu na onda do bolsonarismo, mas não perdeu o ranço adquirido quando foi um simples ajudante de ordens do péssimo ex-governador Confúcio, do MDB. No momento, politicamente falando, o coronel é um simples bode de bicheira.

 

É "FLÓRIDA"...

E a Assembleia continua pisando no tomate como se tivesse feito profissão de fé em desrespeitar o cidadão-contribuinte-eleitor.

Afinal, como justificar o pagamento de auxílio moradia a deputados que têm domicilio eleitoral na capital do Estado? Acho que só uma coisa explica isso: a falta de fé nos órgãos do controle externo; a falta de respeito ao eleitor que paga seus impostos e a certeza na conivência da mídia amansada com os milhões gastos na rubrica "publicidade". Vamos parar com isso, presidente!

 

AUMENTANDO

O volume de obras vai aumentar, como sempre acontece no último ano do mandato de qualquer prefeito. Isso faz parte da política desde que a cidade começou a escolher seus prefeitos pelo voto. O que não muda é a guerra pelo poder. Isso acontecerá sempre. E tem mais: quem está na poder é sempre o candidato mais competitivo.

 

PULOU

A avaliação positiva de Bolsonaro deu um pulo, indo de 29,4% a 34,5%. Para quem acredita em pesquisa, os números mais frescos são esses. Nessa mesma pesquisa Sérgio Moro aparece com 2,4% das intenções de voto.

 

CAMPANHAS

As campanhas para combater o mosquito da dengue precisam e devem ser acirradas e nossa população precisa se cuidar ainda mais. O mosquito está dentro de nossa casa e nunca devemos esquecer isso.

 

GUARDA MUNICIPAL

O prefeito Hildon Chaves pretende criar a Guarda Municipal de Porto Velho e para isso começou a discutir o assunto com autoridades que cuidam dessa instituição em outras cidades, como São Paulo. O prefeito está sendo assessorado nessa questão pelo seu assessor militar, o coronel Garret. Para avançar nesses estudos, o prefeito recebeu na semana que passou o Inspetor da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, Maurício Naval, e também de Rosilena dos Santos, da Guarda Municipal de Ariquemes.

 

ELEIÇÕES

Nesse as eleições de primeiro turno irão acontecer em 4 de outubro. Será a primeira em que os partidos não poderão fazer alianças para disputar as câmaras municipais – somente para as prefeituras. Candidatos a prefeito poderão formar coligações com outros partidos para disputar as eleições. As coligações partidárias estarão proibidas para as eleições proporcionais – neste caso, de vereadores.

Antes, os votos dados a todos os partidos da aliança eram levados em conta no cálculo para a distribuição das vagas. Isso acabou!

 

LIBERADO

É permitido fazer campanha na internet por meio de blogs, redes sociais e sites. Partidos e candidatos poderão contratar o impulsionamento de conteúdo (uso de ferramentas, gratuitas ou não, para ter maior alcance nas redes sociais). Está proibido o impulsionamento feito por pessoa física.  É proibido fazer propaganda de qualquer natureza (incluindo pinturas, placas, faixas, cavaletes e bonecos) em locais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios e estádios, ainda que de propriedade privada. A proibição se estende a postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes e paradas de ônibus, árvores, muros e cercas.

Na campanha eleitoral, é proibido distribuir aos eleitores camisetas, chaveiros, bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou outros bens. É vedada a propaganda eleitoral em outdoors, inclusive eletrônicos.

 

PRAZO

Os cidadãos que tiveram o título de eleitor cancelado têm até o dia 6 de maio para regularizar a situação. Após o prazo, quem não estiver em dia com o documento, não poderá votar nas eleições municipais de outubro, quando serão eleitos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores nos 5.568 municípios do país. Além de ficar impedido de votar, o cidadão que teve o título cancelado fica impedido de tirar passaporte, tomar posse em cargos públicos, fazer matrícula em universidades públicas, entre outras restrições.

EM LINHAS GERAIS (GESSI TABORDA)