Noite de execuções em Rio Branco tem ligação com guerra entre facções, diz delegado

O delegado da polícia Civil do Acre, Rêmulo Diniz, concedeu entrevista à imprensa na manhã desta sexta-feira (2) para tratar sobre a onda de execuções que atingiu Rio Branco durante a madrugada, em três regiões da capital Rio Branco.
Rêmulo afirmou que todos os mortos foram alvejados com armas de uso restrito da polícia e que as investigações preliminares apontam para a continuação da guerra entre facções. Segundo informações da polícia, um dos executados, o que foi morto em frente à Papudinha, Mosssione Damasceno Lima, já havia sido emboscado e desta vez foi executado. O reeducando teria sido morto por uma facção rival.
Segundo informações da Polícia Militar, quatro pessoas foram assassinadas e automóveis incendiados no estacionamento da Unidade Prisional 04, a Papudinha.
O delegado afirmou, ainda, que tudo indica que a crise entre as facções continua e confirmou o aumento do número de assassinatos usando armas de uso restrito. “Foi uma madrugada fatídica”, afirmou.
O delegado falou também sobre o aumento da violência na capital e disse que o número de assassinatos pode ultrapassar 50 nos primeiros 34 dias do ano.
A respeito do uso de armas de uso restrito da polícia, o delegado afirmou que isto pode ser considerado uma evolução natural do crime.
“É uma evolução natural, que o crime use armas cada vez mais sofisticadas”, afirmou, ressaltando a facilidade na aquisição das armas por estarem em região de fronteira.