Na linha de frente, profissionais da saúde se infectam e carecem de equipamentos contra coronavírus

27 de março de 2020 220

Do UOL:

“Ontem morreu um agente de saúde suspeito de coronavírus no Hospital Getúlio Vargas. Digo suspeito porque não tem teste para os profissionais de saúde.” Nos hospitais do Rio e de São Paulo, há medo, cansaço e súplica por materiais de proteção, segundo retratam os sindicatos de médicos e enfermeiros entrevistados pelo UOL.

Apesar da imprecisão na contagem, começam a surgir casos de profissionais da saúde infectados. “Pelas nossas contas, já temos 80 profissionais em quarentena”, afirma Mônica Armada, presidente do Sindenfrj (Sindicato dos Enfermeiros do RJ) e autora da frase que abre a reportagem.

 

Em São Paulo, os sindicatos da classe já denunciaram instalações precárias ao Ministério Público e ao Ministério do Trabalho, além de entrar com ação contra o governo do estado no Tribunal de Justiça pedindo melhores condições de proteção dos profissionais. A reportagem do UOL tem entrado em contato com as secretarias estaduais, que afirmam estar usando todo o recurso disponível e atendendo às demandas, mas têm dificuldade em passar dados precisos sobre a demanda atual em relação aos leitos disponíveis.

A reportagem do UOL tem entrado em contato com as secretarias estaduais, que afirmam estar usando todo o recurso disponível e atendendo às demandas, mas têm dificuldade em passar dados precisos sobre a demanda atual em relação aos leitos disponíveis. “Governo e município não vão passar dados sobre falta de EPIs [Equipamento de Proteção Individual, traje médico], pois realmente estão em falta”, afirma Solange Caetano, presidente do Seesp (Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo).